sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Entrevista de Catarina Martins ao Rádio Clube de Coimbra

Uma explicação abrangente do programa do BE para Coimbra. Para ouvir aqui.

Exijamos a devolução à cidade de património nas mãos dos Ministérios da Defesa e da Justiça

Em 1834 pela mão do conimbricense e Ministro da Justiça, Joaquim António de Aguiar, foram extintas as ordens religiosas e confiscados os seus conventos, mosteiros, colégios e demais edificados, tornados Bens Nacionais.

Em Coimbra existiam dezenas de colégios e conventos, cujo património passando para as mãos do Estado, foi sendo ocupado sobretudo por instalações militares, encontrando-se, hoje, nas mãos do Ministério da Defesa, que é um dos maiores, se não mesmo o maior proprietário de imóveis públicos de valor patrimonial, em pleno coração da cidade.

Devido ao fim do Serviço Militar Obrigatório e por força de um novo paradigma de Forças Armadas profissionalizadas, foi extinta a Região Militar do Centro e com ela deixadas vagas as instalações do Quartel-General na Rua Antero de Quental, que passaram para o Quartel da Brigada Ligeira de Intervenção, instalada no antigo Convento de Sant'Ana, o qual, por sua vez, se prevê vir a ser desocupado. O Mosteiro de Santa Clara a Nova, onde funcionou o Batalhão de Serviços de Saúde, encontra-se devoluto, fazendo parte
da lista de imóveis a alienar no âmbito da Lei de Programação de Infra-estruturas Militares (D-L n.º 219/008) especulando-se o que fazer com as suas instalações. O Quartel da Graça, encravado entre a Rua da Sofia e a Rua de Aveiro, onde, em parte, deveria há muito ter-se instalado o Centro de Documentação 25 de Abril, encontra-se praticamente devoluto. Refira-se ainda as instalações do Hospital Militar (antigo Colégio de S. José dos Marianos que também foi desactivado.

Uma boa parte dos espaços nobres da cidade, encontra-se, pois, efém do Ministério da Defesa ou do da Administração Interna, como é o caso do Quartel da Brigada Territorial n.º 5 da GNR, na Av. Dias da Silva que já se anuncia ir ser, em breve, alienado e entregue à voracidade da especulação imobiliária. O mesmo destino se reserva ao Quartel da Brigada Fiscal da GNR na Lapa dos Esteios, local de eleição na margem esquerda do Rio Mondego, já para não falar na Penitenciária, instalações que também irão ser libertadas e que, a nada ser feito, serão definitivamente perdidas pela cidade e devoradas pelos insaciáveis apetites do mercado imobiliário.
Independentemente das hipóteses de alienação deste património e da sua possível rentabilização de cariz privatístico, que o próprio governo coloca como solução para o financiamento da necessária modernização das infra-estruturas militares, o que se impõe com urgência à autarquia e à cidade é uma estratégia que vise a devolução ao município de algum deste património, mantendo-o no domínio público e promovendo a sua requalificação e ocupação com projectos de relevante interesse para Coimbra.

Projectos que poderiam ir desde a criação de uma Casa das Associações Cívicas, Culturais, Ambientais, ... até à instalação de ateliês e oficinas de criação artística e cultural, ou à criação de um verdadeiro iParque urbano dedicado à investigação e desenvolvimento na área das novas tecnologias.

O próximo executivo municipal tem de ter uma política mais exigente e firme de negociação com o poder central no sentido de exigir a devolução de património à cidade e pensar um programa coerente para a sua ocupação.
Este é um desiderato que deveria mobilizar todos os agentes económicos, sociais, culturais e científicos da cidade, tendo em vista a consensualização de um conjunto de propostas e projectos de investimento estratégico passíveis de implementar nalguns dos espaços de excelência que serão libertados e que não podem pura e simplesmente ser entregues à especulação imobiliária.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

RTP corrige erro

Registo com agrado que a RTP corrigiu o erro que consistiu na exclusão das imagens recolhidas comigo para uma peça sobre as candidaturas autárquicas em Coimbra. Depois da sua emissão, ontem, sem as declarações da candidata do BE, e depois do meu protesto veemente junto do responsável, a mesma peça foi emitida hoje, no programa Bom Dia Portugal, incluindo 18 dos 20 segundos que gravei.

Fica registado, como é devido, o esforço de correcção.

Catarina Martins

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Sobre a RTP e a peça do Jornal da Tarde sobre as autárquicas em Coimbra

Ontem, cerca das 17.15 da tarde, recebi um telefonema de um jornalista da RTP que me pedia para gravar uma pequena peça comigo para passar no Telejornal de ontem. Gravei 20 segundos que, segundo me foi dito, seria o tempo concedido a cada um dos candidatos para esclarecerem o respectivo programa. Esta gravação foi feita nos próprios estúdios da RTP em Coimbra, onde me desloquei.
A peça passou hoje no Jornal da Tarde, com a entrevista a todos os candidatos, excepto à candidata do BE.

Registo um acto intencional de silenciamento e uma manifestação de desrespeito, uma vez que fui pessoalmente solicitada a prestar declarações.

Comuniquei esta posição de desagrado ao responsável da RTP.

Coimbra, 7 de Outubro

Catarina Martins

Comício IPJ - Catarina Martins acerca dos critérios editoriais dos jornais de Coimbra