sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Entrevista de Catarina Martins ao Rádio Clube de Coimbra

Uma explicação abrangente do programa do BE para Coimbra. Para ouvir aqui.

Exijamos a devolução à cidade de património nas mãos dos Ministérios da Defesa e da Justiça

Em 1834 pela mão do conimbricense e Ministro da Justiça, Joaquim António de Aguiar, foram extintas as ordens religiosas e confiscados os seus conventos, mosteiros, colégios e demais edificados, tornados Bens Nacionais.

Em Coimbra existiam dezenas de colégios e conventos, cujo património passando para as mãos do Estado, foi sendo ocupado sobretudo por instalações militares, encontrando-se, hoje, nas mãos do Ministério da Defesa, que é um dos maiores, se não mesmo o maior proprietário de imóveis públicos de valor patrimonial, em pleno coração da cidade.

Devido ao fim do Serviço Militar Obrigatório e por força de um novo paradigma de Forças Armadas profissionalizadas, foi extinta a Região Militar do Centro e com ela deixadas vagas as instalações do Quartel-General na Rua Antero de Quental, que passaram para o Quartel da Brigada Ligeira de Intervenção, instalada no antigo Convento de Sant'Ana, o qual, por sua vez, se prevê vir a ser desocupado. O Mosteiro de Santa Clara a Nova, onde funcionou o Batalhão de Serviços de Saúde, encontra-se devoluto, fazendo parte
da lista de imóveis a alienar no âmbito da Lei de Programação de Infra-estruturas Militares (D-L n.º 219/008) especulando-se o que fazer com as suas instalações. O Quartel da Graça, encravado entre a Rua da Sofia e a Rua de Aveiro, onde, em parte, deveria há muito ter-se instalado o Centro de Documentação 25 de Abril, encontra-se praticamente devoluto. Refira-se ainda as instalações do Hospital Militar (antigo Colégio de S. José dos Marianos que também foi desactivado.

Uma boa parte dos espaços nobres da cidade, encontra-se, pois, efém do Ministério da Defesa ou do da Administração Interna, como é o caso do Quartel da Brigada Territorial n.º 5 da GNR, na Av. Dias da Silva que já se anuncia ir ser, em breve, alienado e entregue à voracidade da especulação imobiliária. O mesmo destino se reserva ao Quartel da Brigada Fiscal da GNR na Lapa dos Esteios, local de eleição na margem esquerda do Rio Mondego, já para não falar na Penitenciária, instalações que também irão ser libertadas e que, a nada ser feito, serão definitivamente perdidas pela cidade e devoradas pelos insaciáveis apetites do mercado imobiliário.
Independentemente das hipóteses de alienação deste património e da sua possível rentabilização de cariz privatístico, que o próprio governo coloca como solução para o financiamento da necessária modernização das infra-estruturas militares, o que se impõe com urgência à autarquia e à cidade é uma estratégia que vise a devolução ao município de algum deste património, mantendo-o no domínio público e promovendo a sua requalificação e ocupação com projectos de relevante interesse para Coimbra.

Projectos que poderiam ir desde a criação de uma Casa das Associações Cívicas, Culturais, Ambientais, ... até à instalação de ateliês e oficinas de criação artística e cultural, ou à criação de um verdadeiro iParque urbano dedicado à investigação e desenvolvimento na área das novas tecnologias.

O próximo executivo municipal tem de ter uma política mais exigente e firme de negociação com o poder central no sentido de exigir a devolução de património à cidade e pensar um programa coerente para a sua ocupação.
Este é um desiderato que deveria mobilizar todos os agentes económicos, sociais, culturais e científicos da cidade, tendo em vista a consensualização de um conjunto de propostas e projectos de investimento estratégico passíveis de implementar nalguns dos espaços de excelência que serão libertados e que não podem pura e simplesmente ser entregues à especulação imobiliária.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

RTP corrige erro

Registo com agrado que a RTP corrigiu o erro que consistiu na exclusão das imagens recolhidas comigo para uma peça sobre as candidaturas autárquicas em Coimbra. Depois da sua emissão, ontem, sem as declarações da candidata do BE, e depois do meu protesto veemente junto do responsável, a mesma peça foi emitida hoje, no programa Bom Dia Portugal, incluindo 18 dos 20 segundos que gravei.

Fica registado, como é devido, o esforço de correcção.

Catarina Martins

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Sobre a RTP e a peça do Jornal da Tarde sobre as autárquicas em Coimbra

Ontem, cerca das 17.15 da tarde, recebi um telefonema de um jornalista da RTP que me pedia para gravar uma pequena peça comigo para passar no Telejornal de ontem. Gravei 20 segundos que, segundo me foi dito, seria o tempo concedido a cada um dos candidatos para esclarecerem o respectivo programa. Esta gravação foi feita nos próprios estúdios da RTP em Coimbra, onde me desloquei.
A peça passou hoje no Jornal da Tarde, com a entrevista a todos os candidatos, excepto à candidata do BE.

Registo um acto intencional de silenciamento e uma manifestação de desrespeito, uma vez que fui pessoalmente solicitada a prestar declarações.

Comuniquei esta posição de desagrado ao responsável da RTP.

Coimbra, 7 de Outubro

Catarina Martins

Comício IPJ - Catarina Martins acerca dos critérios editoriais dos jornais de Coimbra


Entrevista a Catarina Martins - candidata à Câmara

Entrevista a Serafim Duarte - candidato à Assembleia Municipal

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Comunicado: EXCLUSÃO DA CANDIDATA DO BE DAS ENTREVISTAS NOS JORNAIS AS BEIRAS E DIÁRIO DE COIMBRA

O Bloco de Esquerda / Coimbra considera inaceitável e incompreensível a exclusão da candidata à Presidência da Câmara de Coimbra, Catarina Martins, do leque de candidatos entrevistados pelos jornais Diário de Coimbra e As Beiras.
Recorde-se que o jornal Diário de Coimbra publicou entrevistas extensas, em período de pré-campanha, com os candidatos Carlos Encarnação (Coligação por Coimbra), Álvaro Maia Seco (PS) e Horácio Pina Prata (Independente). A razão da exclusão do Bloco de Esquerda, bem como da CDU, deste conjunto de entrevistas foi explicada com as palavras “critérios nossos que demorariam muito tempo a explicar”.
Quanto ao jornal As Beiras, segundo explicações fornecidas por António Abrantes, os critérios para as entrevistas a candidatos contemplam forças políticas com representação no executivo autárquico e movimentos independentes polémicos. O Bloco de Esquerda não pode deixar de estranhar esta definição equívoca de critérios, moldada de modo a favorecer quatro candidaturas e a excluir a candidatura do BE: uma força política com representação autárquica e a terceira força política do concelho.
O Bloco de Esquerda lamenta o mau serviço prestado à democracia por estes dois órgãos de informação, através de uma política editorial de manifesta desigualdade, que atenta contra princípios constitucionalmente consagrados.

Coimbra, 6 de Setembro de 2009

O Bloco de Esquerda / Coimbra

MENSAGEM DO MANDATÁRIO: José Augusto Ferreira da Silva




A CANDIDATURA DO BE ÀS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009


Porque aceitei ser mandatário ?

- porque o BE apresenta um programa competente, coerente e estimulante para modernizar a cidade, tornando-a um lugar de qualidade para se viver, agora e no futuro;

- porque põe a tónica na participação das cidadãs e cidadãos nas decisões relevantes para a cidade, promovendo e estimulando uma verdadeira democracia participativa;

- porque tem nas suas listas mulheres e homens, profundos conhecedores da cidade e com coragem para mudar a política autárquica que nos tem governado nas últimas décadas, ora entregue ao PS , ora entregue ao PSD, mas com uma grande identidade de projectos e de práticas, nocivos para o desenvolvimento harmonioso e saudável do concelho;

- porque com a eleição de vereadores, de deputados à Assembleia Municipal e membros dos órgãos das freguesias, passará a haver uma voz de esquerda , coerente e combativa, não só para denunciar as práticas de corrupção, nepotismo, incompetência e cinzentismo que reinaram na Câmara nas últimas décadas e que tanto têm descredibilizado o poder autárquico, sempre envolvido em trapalhadas ( Eurostadium; Jardins do Mondego ; Edifício dos CTT, etc );

- mas, sobretudo, para apresentar propostas alternativas para a construção de uma cidade criativa, de inclusão social, solidária e fraterna, com mais e melhor democracia.


- Jamais o poder dos empreiteiros e das grandes superfícies comerciais, com o seu pacovismo e ganância , a que o poder autárquico se tem vindo a submeter sistematica e desavergonhadamente, se sobreporá ao interesse público centrado na construção de uma cidade onde dê gosto viver, sem que tal seja firmemente denunciado.


Por isso, apelo às mulheres e homens do concelho de COIMBRA que votem no Bloco de Esquerda porque :

§ as suas candidatas e candidatos são gente de confiança;
§ com isso vai passar a haver uma oposição credível ao poder das maiorias conservadoras e anacrónicas que nos têm governado;
§ vai ser possível mudar a cidade e o concelho, COM A CORAGEM DE TODAS E TODOS OS ELEITOS.

Coimbra, 29/09/09

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Debate sobre o Programa do BE para a Cultura

A candidatura do BE à autarquia de Coimbra convida todos os agentes culturais e aqueles/as que reflectem sobre a cultura em Coimbra para debater o programa do BE para a Cultura. É hoje, pelas 21 horas, na Galeria Santa Clara.

O programa pode ser lido neste mesmo blog.

A este propósito, recordo um artigo que publiquei online há algum tempo, intitulado "A qualidade do lugar". Ler aqui

Até logo!

Catarina Martins

domingo, 4 de outubro de 2009

JANTAR DE APOIANTES COM CORAGEM PARA MUDAR COIMBRA






























Fotos de Sandra Guerreiro

NÃO, NÃO É UMA FICÇÃO E NÃO, NÃO NOS CALAMOS!





A privatização da água em Coimbra não é uma ficção, como afirmou Carlos Encarnação no debate da RTPN.
O BE publica algumas páginas do protocolo entre a Câmara e a empresa Águas de Portugal, cuja minuta foi aprovada 27 de Julho, com os votos a favor da coligação PSD-PP, de Horácio Pina Prata e do vereador do PS, Álvaro Seco.
São conhecidas afirmações do Ministro do Ambiente de que a privatização da empresa Águas de Portugal não é tabu e de que as tarifas cobradas aos consumidores de água aumentarão 15% pelo menos. O negócio está a ser preparado desta maneira: constituindo monopólios regionais de serviços de água que são entregues pelas Câmaras à Águas de Portugal. A empresa fica com 51% desta sociedade, os municípios, no seu conjunto, com 49%, o que significa que não terão nenhum poder negocial.
Deste negócio faz parte a entrega de infra-estruturas e equipamentos construídos com os impostos dos contribuintes. Faz parte a entrega de recursos humanos, com os problemas laborais que daí advirão. Faz parte o princípio da recuperação integral de custos através das tarifas cobradas aos consumidores, o que significa que o cidadão pagará tudo e os accionistas mais não farão do que recolher os lucros. A sujeição da água aos imperativos do lucro fará piorar a qualidade do serviço e aumentar exponencialmente os preços.
O Bloco de Esquerda considera esta privatização de um bem público essencial inaceitável e tudo fará para que não aconteça.
Carlos Encarnação afirmou ao jornal Campeão das Provícias que a decisão será tomada dentro de 5 meses. Isto não acontecerá se o cenário político em Coimbra se alterar com as eleições de 11 de Outubro. Uma razão imperativa para votar BE!





APOIANTE: JOÃO PEDRO MARQUES


Quem conhece Coimbra sabe que a cidade tem de enfrentar, com coragem e sabedoria, os novos desafios do século XXI: da requalificação dos espaços públicos à aposta nas indústrias culturais; da modernização dos transportes à melhoria dos cuidados de saúde das populações carenciadas; do desenvolvimento do associativismo juvenil à criação de redes digitais; das oportunidades de lazer à valorização do turismo cultural. Uma cidade assim constrói-se com as pessoas, numa sinergia de vontades, mas com respeito cívico pelo que é público e deve estar ao serviço de todos. Estou certo que a candidatura do BE tudo fará para que Coimbra saia vencedora destes desafios.

João Pedro Marques, estudante

sábado, 3 de outubro de 2009

SÓ AS CRECHES PÚBLICAS SÃO GRATUITAS

No concelho de Coimbra é praticamente impossível encontrar uma vaga numa creche. Chega a ser preciso inscrever as crianças antes de nascerem e, mesmo assim, frequentemente não há soluções de guarda para elas.
A rede de creches existente no concelho de Coimbra assegura uma cobertura de 31%. Há 40 equipamentos, muitos de IPSS e alguns de entidades com fins lucrativos. Há 706 crianças em lista de espera e 3375 não inscritas em creche, segundo dados de Dezembro de 2008.
É urgente resolver este problema, aumentando substancialmente o investimento da autarquia na criação de creches. O caminho, porém, não é aquele que está a ser feito por Carlos Encarnação e o executivo PSD-PP-PPM. Estes entregam terrenos a IPSS e outros privados para estes equipamentos. Chegaram a entregar um Jardim-de-Infância da rede pública, na Solum, de frequência gratuita, para ser transformado numa creche privada!
Estas creches não são gratuitas. As famílias sabem bem quanto custa ter um filho numa creche, com mensalidades que ultrapassam facilmente os 250 euros. O Presidente da Câmara diz que as Câmaras não podem ter creches, mas a possibilidade de as autarquias gerirem estes equipamentos sociais é garantida pelo Decreto-Lei nº 159/99, de 14 de Setembro (artº 23º). Para o actual executivo camarário, o interesse dos privados no negócio das creches é mais importante do que as necessidades das famílias.
Só as creches públicas são gratuitas. O BE defende a construção e a gestão de creches pela autarquia. Só assim haverá oferta de qualidade e acessível a todas as famílias. E, desta forma, a Câmara estará também a criar postos de trabalho, contribuindo para a redução do grave problema do desemprego no concelho.

APOIANTE: FILOMENA TEIXEIRA


Apoio a candidatura do BE à Câmara Municipal de Coimbra porque acredito num projecto mobilizador para a cidade. Só uma mudança de fundo dos actores e das políticas autárquicas para a cultura, a educação, o ambiente, o apoio social e o desenvolvimento urbano, pode trazer responsabilidade e sentido à vida pública. É, por isso, urgente, a participação dos cidadãos e cidadãs nas decisões estratégicas que poderão inscrever Coimbra no mapa das cidades com futuro. É com este rosto humano e solidário que entendo a cidade. Neste caminho que é de todos, a energia e coragem cívica da candidatura do BE faz toda a diferença.

Filomena Teixeira; Professora

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Espírito democrático de Carlos Encarnação...

Catarina Martins em debate na RTP N

CASA MUNICIPAL dos SABERES e das ARTES


Em 2005, na Campanha eleitoral autárquica, o Bloco de Esquerda propôs a criação de uma incubadora de microempresas dirigida aos mais desfavorecidos, nomeadamente desempregados(as) de longa duração e beneficiários do rendimento mínimo. Simbolicamente ocupámos as instalações da PSP que em breve iriam ficar devolutas com a saída das forças de segurança para novas instalações. O edifício é pertença da Câmara Municipal, esta poderia atribuir-lhe outra funcionalidade socialmente produtiva e ao serviço da comunidade e dos cidadãos. Pelas suas características de centralidade e de espaço poderia dar uma excelente Casa dos Saberes e das Artes.
Em 2009 renovamos a nossa proposta, porque pensamos que ela não só mantém actualidade como até encontra razões reforçadas que a justificam, perante a crise económica que vivemos.
Nos últimos anos no concelho de Coimbra encerraram dezenas de empresas, com particular incidência nos sectores da cerâmica e do têxtil, de onde resultou o desemprego de milhares de trabalhadores. Na sua maior parte são mulheres e homens entre os 35-50 anos, com baixa escolarização e fracas qualificações profissionais. Em Coimbra, não tem parado de crescer a pobreza e a exclusão social que anda de braço dado com o desemprego.
O combate ao desemprego, sobretudo o de longa duração, não se faz de grandes proclamações e promessas populistas, feitas em papel molhado, que desvanecem depois das eleições. A par de iniciativas estratégicas mais ousadas e capazes de atrair investimentos e desenvolvimento económico à cidade, é possível e exigível que se estruturem políticas locais capazes de gerar soluções que, não necessitando de grandes investimentos, apontem horizontes de esperança.

Os trabalhadores desempregados não precisam de esmolas, nem de acções de formação de pouca utilidade que em nada lhes resolvem os problemas. Eles têm um enorme potencial de saberes e experiências acumulados ao longo da vida que podem e devem ser valorizados. Transportam uma riqueza de capital humano e uma vontade que podem ser capitalizados, gerando pequenas iniciativas empreendedoras nas mais variadas áreas dos seus saberes e serviços. Para criar as suas microempresas, apenas necessitam de um apoio inicial e de retaguarda que os ajude a resolver problemas de instalação, de planificação, certificação, marketing e comercialização.

A Casa dos Saberes e das Artes, unindo vontades políticas e conjugando sinergias locais, poderá responder a estes e outros problemas, implementando uma verdadeira política de apoio à incubação de microempresas, abrindo novas perspectivas de futuro, nomeadamente a desempregados de longa duração.
Fica aqui a proposta e o desafio à futura Câmara Municipal, a quem também cabe dar respostas aos problemas de desemprego.

Do Programa do Bloco de Esquerda:
- Criar a CASA DOS SABERES e das ARTES: projecto de incubação e desenvolvimento de microempresas

Este projecto é particularmente direccionado para o apoio a desempregados de longa duração com iniciativa, boas ideias e projectos, mas que não possuem acesso ao crédito tradicional. A Câmara Municipal disponibiliza o espaço físico - Casa das Artes e dos Saberes - assegura as infra-estruturas necessárias e, em parceria com Instituições e Organismos públicos e privados (IEFP, Associação Nacional de Direito ao Crédito, IAPMEI, Centros de CRVCC, Politécnico, etc.) criará um Centro de Apoio Técnico que facultará aos interessados a colaboração de especialistas na elaboração de projectos a fim de serem submetidos ao apoio de financiamento de micro-crédito, bem como facultará formação adequada, certificação de produtos e serviços, apoio ao marketing e à distribuição/divulgação de produtos e serviços.
Numa cidade onde o desemprego de longa duração e baixas qualificações não pára de crescer, este projecto apresenta-se como um instrumento de combate à pobreza e à exclusão social, de criação de emprego e riqueza, abrindo uma janela de oportunidade a muitos desempregados.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

APOIANTE: JÚLIA GARRAIO


Os candidatos do BE mostraram que têm a ousadia de defender a cidade como espaço público, não se vergando a certos interesses privados que tanto têm feito pelo desordenamento territorial do nosso país. Por isso lhes dou o meu apoio.


Júlia Garraio, Investigadora

Intervenção de Serafim Duarte no Jantar de Apoiantes


No debate televisivo entre os candidatos das legislativas por Coimbra, o J.M Pureza, dizia, logo no início que era preciso ter memória, o mesmo é dizer que em processo de disputa política eleitoral é imprescindível fazer balanços, retirar ilações e, obviamente, apresentar propostas programáticas alternativas.

Nós temos memória e é importante que façamos balanço, especialmente numa altura em que uma boa parte do país parece sofrer de uma espécie de amnésia que enviesa a percepção das realidades e entorpece o espírito crítico, enfraquecendo a vontade de mudança.

Quem em Coimbra vive e trabalha, não pode deixar de constatar que esta cidade parece ter soçobrado num colete-de-forças que a impede de libertar as suas energias e desenvolver potencialidades. Tanto no plano económico como nos planos científico-cultural, ambiental, demográfico e urbanístico a cidade estagnou, perdeu energia, capacidade de atracção e de afirmação.

Coimbra é hoje uma cidade cada vez mais periférica no contexto das cidades médias nacionais e europeias. É uma cidade de futuro incerto, enquanto entidade agregadora à escala regional.
Sucessivos governos autárquicos, ora do PS, ora do PSD/CDS navegaram à bolina, fazendo uma gestão casuística sem qualquer visão estratégica, nem projecto de desenvolvimento que potenciasse todas as suas energias e capacidades criativas, conferindo-lhe protagonismo e singularidade identitária.

Foi assim, que sucessivas campanhas de marketing político inconsequente e esvaziado de conteúdo operacional quiseram alcandorar Coimbra como Cidade Museu, capital da Cultura, capital da Saúde e do Conhecimento. Como corolário, Coimbra arrisca-se a ser, sobretudo a capital das oportunidades perdidas, da especulação imobiliária e do caos urbanístico.

Os dois últimos mandatos da maioria de direita, mais não fizeram do que prosseguir este rumo de governação autárquica ziguezagueante, caracterizado pela falta de transparência, de diálogo com a cidade, de incompetência, de nepotismo e clientelismo, gerando fortes fumos de corrupção. De que são exemplos paradigmáticos as ligações tóxicas estabelecidas entre a Câmara, o futebol e os interesses da construção imobiliária, consubstanciadas, nomeadamente, no caso do Eurostadium ou dos Jardins do Mondego, ou ainda as nebulosas negociatas que envolveram o caso da venda do edifício dos Correios, ou a construção do estacionamento da Bragaparques. Todos estão ligados por um denominador comum indissociável: foram negócios que geraram fortes proventos, lesando interesses da cidade, dos cidadãos e do Estado.

Coimbra não pode ficar condenada a refém da mediocridade e da incompetência dos que comandam e têm comandado os seus destinos. Seja rosa ou laranja, “com ambição”, “com amor”, ou “com trabalho” o que estes senhores têm para dar a Coimbra é mais do mesmo, a evolução na continuidade. São as únicas forças políticas que na história da democracia geriram os destinos da cidade. Tiveram a sua oportunidade e os resultados estão à vista de todos e de todas.
Nos próximos dias vão intensificar a venda da banha da cobra, fazendo promessas mil que durante duas décadas instalados no poder não foram capazes de desenvolver. As suas propostas programáticas reluzem como as pirites, procurando fazê-las passar por ouro que só pode enganar os tolos, está bom de ver!

Parece que até já os estamos a ouvir cantar em coro: Agora sim com amor. Agora sim, com ambição, Agora sim, com trabalho, Agora sim damos a volta a isto! … Agora não, que é hora do almoço... Agora sim, temos a força toda! … Agora não, que me dói a barriga... Vão sem mim, que eu vou lá ter.

Coimbra não necessita de loas de amor, nem tão pouco de proclamada ambição, ou da promessa de aeroportos e muito menos de pimba Pratas a brincar aos independentes com rios de dinheiro para gastar, sabe-se lá de onde vem?! -

Do que Coimbra precisa é de um projecto de ruptura com o paradigma de governação que pouco ou nada tem variado com as mudanças cromáticas que do rosa ao laranja têm ocupado a Câmara municipal.

Do Bloco de Esquerda todos e todas sabem o que esperar: Exigência Rigor, Transparência, coerência de projecto e de ideias.

Tal como há quatro anos atrás, o Bloco de Esquerda afirma claramente ao que vem e o que o move: queremos uma outra Coimbra, mais e melhor cidade; mais e melhor cidadania, mais e melhor participação cidadã, mais e melhor democracia.

Para isso necessitamos de:
- mais reabilitação urbana no centro e menos expansão do betão para as periferias;
- mais capacidade de atracção e rejuvenescimento do centro, com qualidade de vida;
- mais e melhores políticas sociais que respondam às necessidades dos mais carenciados;
- mais e melhor dinamismo associativo cultural e criativo;
- mais e melhor capacidade geradora de inovação criativa e desenvolvimento científico-tecnológico potenciadores de desenvolvimento económico;
- mais e melhor educação e formação que responda de forma eficaz e moderna às necessidades das nossas crianças e jovens;

Queremos:

- uma cidade com uma gestão mais democrática, transparente e aberta ao diálogo com a cidade e à participação dos munícipes;
- uma cidade que se pense e projecte de forma planeada, coerente e harmoniosa e equilibrada na sua relação com as periferias e concelhos limítrofes, e não uma cidade que vampiriza os espaços verdes agrícolas e florestais, criando mais desequilíbrios e problemas à cidade e à qualidade de vida dos cidadãos;
- uma cidade que não seja refém dos interesses da construção e especulação imobiliária;
- uma cidade que não aliene e vampirize os espaços públicos a favor de interesses privados, mas antes os requalifique conferindo-lhes qualidade e sentido de urbanidade;
- uma cidade mais limpa, mais verde e mais respeitadora dos equilíbrios ecológicos e ambientais, e não uma cidade que fere as suas entranhas com destruição do Choupal e atravessamento desnecessário de trânsito pesado;
- uma cidade que recupera e valoriza o seu património monumental e arquitectónico, dando-lhe vida e restituindo-lhe funções;
- com mais mobilidade e melhor qualidade dos transportes públicos;
- mais solidária, tolerante e inclusiva que faça da sustentabilidade social não um slogan mas uma prática a prosseguir;
- uma cidade em que a democracia, na sua verdadeira acepção etimológica se torne um verdadeiro exercício de participação cívica. Por isso pugnamos pelo orçamento e planeamento participativos. Para que os munícipes possam ser ouvidos e possam deliberar sobre as prioridades de investimento na cidade;

- com elevada qualidade de vida, criativa e moderna, que se afirme como pólo cosmopolita dos saberes, da tecnologia e da cultura, capaz de atrair e fixar os mais jovens.

Estes não são meros enunciados vazios de conteúdo, mas antes um programa de acção para a transformação muito concreto.

Coragem para mudar é a nossa proposta e o nosso apelo

É tempo de mudar de políticas e de protagonistas e o Bloco é a única força em condições para o fazer, não só pelo seu programa e coerência na oposição, mas também pela sua capacidade de abertura ao diálogo descomplexado e à construção das convergências dos vários activismos políticos e cívicos necessários para operar as rupturas que se impõem.

Coragem para mudar com uma esquerda de confiança.
Coragem para mudar, os protagonistas e as políticas.

As candidaturas do Bloco de Esquerda constituem, hoje, uma alternativa de esquerda, combativa e credível, disposta a romper com o paradigma e práticas políticas que têm dominado o governo da cidade, vergando-a aos interesses dos poderosos lobbies da especulação imobiliário-financeira.

Nós vamos à luta, para mudar este estado de coisas. Contem connosco!

HOJE! FRANCISCO LOUÇÃ EM COIMBRA

Pelas 14.30, Francisco Louçã, José Manuel Pureza (deputado eleito por Coimbra), Catarina Martins (candidata à Câmara Municipal de Coimbra) e Serafim Duarte (candidato à Assembleia Municipal de Coimbra) visitam a Associação Integrar.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

PATRIMÓNIO E DESENVOLVIMENTO LOCAL

Hoje, a partir das 17.30 horas, o Bloco de Esquerda promoveu um passeio por Santa Clara, debatendo propostas de requalificação urbanística da margem esquerda, tendo como pontos de referência a zona ribeirinha e o património histórico. De seguida, teve lugar, no auditório do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, um debate subordinado ao tema “Reabilitação do Património e Desenvolvimento Local”, no qual intervieram Alexandre Alves Costa, arquitecto responsável pelo projecto de reabilitação do Mosteiro e candidato à Câmara de Coimbra na lista do Bloco de Esquerda, e Luís Sousa, arquitecto.

O Bloco de Esquerda defende que o desenvolvimento económico de Coimbra, a competitividade da cidade no mercado europeu e a criação de emprego dependerão da rentabilização da sua identidade cultural e da forte concentração de património edificado e imaterial no centro histórico, o qual inclui e deve valorizar a margem esquerda e a encosta que, nessa margem do Mondego, espelha a encosta da universidade. É aqui que a memória e o património da cidade devem encontrar o futuro, com soluções de inovação cultural e empresarial no sector criativo. Deste ponto de vista, o investimento público concentrado no I-Parque, distanciado da malha urbana, sem soluções de acessibilidade, sem qualidade ambiental, e enquanto factor que não distingue Coimbra de muitas outras cidades onde também se construíram parques tecnológicos, corre o risco de ter criado um elefante branco. O factor determinante de atracção da cidade sobre a nova economia de base tecnológica e criativa, e sobre o respectivo capital humano reside, na realidade, na qualidade urbanística, ambiental e de mobilidade da cidade como um todo, bem como na oferta de serviços do âmbito educativo e social, e na dinâmica cultural global.
Nesta perspectiva, a retirada de trânsito automóvel do centro histórico, incluindo a margem esquerda, é fundamental. Referimo-nos, sobretudo, ao trânsito de atravessamento, estando sempre garantido o acesso a habitantes e comerciantes.
Quanto à intervenção sobre o património, esta deve ser decidida com base numa forte dinâmica de participação cidadã sobre os usos e fins a dar a cada edifício, sendo sempre privilegiado o interesse público e da cidade.


Coimbra, 30 de Setembro de 2009
A Candidatura do Bloco de Esquerda à autarquia de Coimbra

APOIANTE: MARIA IRENE RAMALHO


Querida Catarina:

Obrigada, a si e ao BE, por este belo programa para as autárquicas de Coimbra. Ao ler-lhe a serena integridade e o extremo rigor, em contraste com a vozearia oca que caracteriza tantas outras campanhas, ocorreu-me um poema de Emily Dickinson: “The Missing All – prevented Me / From missing minor things”. Perder tudo, diz a poeta americana, salvou-me de perder coisas miúdas. Nada, e eu parafraseio, me faz erguer a cabeça do meu trabalho por curiosidade. No ruído total da campanha autárquica, é inspirador ver a Catarina Martins – mulher, esposa, mãe, professora universitária e investigadora de grande mérito, cidadã lúcida e empenhada – erguer a cabeça dos seus muitos que-fazeres, não por curiosidade, mas por imperativo democrático de participação e cidadania plena. E para quê? Para acudir às “coisas miúdas” da nossa tão mal tratada cidade.


Maria Irene Ramalho, Professora Universitária

terça-feira, 29 de setembro de 2009

AMANHÃ ESTAREMOS NA MARGEM ESQUERDA


A Margem Esquerda do Mondego tem sido, ao longo das últimas décadas, não somente esquecida como uma espécie de depósito de equipamentos e construção, de um modo desordenado e desqualificado. Por exemplo, a zona ribeirinha entre a Ponte de Santa Clara e a Ponte Açude e toda a Guarda Inglesa, recentemente descaracterizada adicionalmente por um conjunto de viadutos. O Planalto de Santa Clara aguarda a concretização de uma Unidade de Execução, a qual foi estruturada, não tendo em conta o interesse público, mas em função de um centro comercial - o Forum -, o qual resultou, ele próprio, de um dos maiores escândalos do imobiliário a que Coimbra assistiu (o escândalo da venda da fábrica da Mondorel). Para além disso, a encosta de Santa Clara-a-Nova aguarda uma intervenção, sendo preocupante, desde já, o destino que será dado ao Convento e à respectiva Cerca. O Convento de S. Francisco aguarda há oito anos o cumprimento das promessas que Carlos Encarnação repete há três campanhas eleitorais: a conversão em Centro de Congressos.

Na Margem Esquerda, porém, há alguns projectos de interesse a registar, que deviam ser integrados no planeamento global da zona: o Exploratório Centro Ciência Viva (nas Lages), o parque do Polis e, sobretudo, o novo Museu e Centro Interpretativo de Santa Clara-a-Velha, intervenção exemplar sobre o património histórico.

Consideramos urgente que a Margem Esquerda se torne objecto de uma intervenção prioritária de requalificação como parte integrante do Centro Histórico. Esta deve contemplar domínios tão diversos como a requalificação do património, a qualificação das zonas ribeirinhas, a mobilidade, etc.

Convidamos todos os interessados a reflectir sobre estas questões, amanhã, a partir das 17.15. Estarão connosco: Luís Sousa, Arquitecto, e Alexandre Alves Costa, Arquitecto, autor do projecto de Santa Clara-a-Velha e candidato à Câmara Municipal de Coimbra pelo Bloco de Esquerda.


17.15: Passeio por Santa Clara, reflectindo sobre a requalificação da margem esquerda

Com Alexandre Alves Costa e Luís Sousa (arquitectos)
Encontro junto à ponte de Santa Clara (margem esquerda)


18.00: Debate sobre a Margem Esquerda, a Requalificação do Património e o Desenvolvimento Local

Com Alexandre Alves Costa e Luís Sousa

Auditório do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha

APOIANTE: JOÃO ANDRÉ DUARTE



Apoio a candidatura autárquica do Bloco de Esquerda, porque acredito que só ela tem a coragem e o querer para provocar as mudanças necessárias e colocar de novo Coimbra no mapa.
Porque só o BE tem um programa que confere a centralidade necessária às questões da cultura e da ciência em termos de modernidade, inovação e desenvolvimento;
Porque sou jovem, e como eu muitos outros jovens, precisamos de uma cidade com futuro, capaz de nos acolher, fixar e estimular criativamente.


João André Duarte, 23 anos, Investigador, doutorando de Bioquímica

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

APOIANTE: CARLOS EDUARDO GONÇALVES


Quem se deslocar na cidade a caminho do trabalho e, em especial, atravessar o Mondego, pode reflectir na “missão impossível” de conceber e levar a cabo políticas que não ensombrem o presente e não confisquem o futuro. Porque o espaço urbano aparentemente à toa com que deparamos baseia-se em ideias claras: privatização e fechamento do espaço doméstico e inutilidade de sociabilidade no espaço público, reservado à mobilidade e ao consumo. O quebra-cabeças de romper a limpidez da lógica da cidade-centro comercial traduz-se na dificuldade em elaborar um pensamento útil sobre:

o Ambiente
a Actividade Física e o Desporto, para além da privatização dos espaços de prática e da segmentação social, que elitizam toda a actividade do clube prestador de serviços ou do ginásio – abandonando o Desporto Escolar em gueto de irrelevância - e a retirada do espaço público de toda a carga associativa, educativa, de comunidade de afectos e sociabilidades que dá ao Desporto o seu valor social intrínseco, como fonte de bem-estar pessoal, expressão de potencialidades, participação cívica activa e compromisso com estilos de vida de partilha de espaços e vivências públicas, deveria moldar um programa em que crianças, jovens e adultos acedessem à prática em condições de igualdade e de qualidade.

Não existem medidas avulsas que resolvam seja o que for. Todas as políticas vão interferir e agir, virtuosa ou perversamente sobra todas as outras. Sabemo-lo e alguns fingem que não sabem. Pode parecer que é demasiado tarde para responder à urgência da situação. Penso que ainda vale a pena lutar por uma vida boa. E que o projecto, programa e vontade do Bloco de Esquerda respondem à urgência e sentido desta luta.


Carlos Eduardo Gonçalves; Professor Universitário, Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, treinador de Basquetebol.

RAMAL DA FIGUEIRA DA FOZ

É urgente qualificar e revitalizar esta linha ferroviária

As populações dos concelhos de Cantanhede, Montemor-o-Velho, Figueira da Foz e Mealhada têm assistido, com apreensão e revolta, à progressiva degradação deste ramal ferroviário, que culminou no seu encerramento há já vários meses.
Através dele, desde 1882, estes quatro concelhos estão ligados entre si e também com a linha do Norte, com acesso a Coimbra, Porto e Lisboa, e com a linha da Beira Alta, com ligação a Espanha e ao resto da Europa.
É lamentável que, no início do século XXI, estejamos a esbanjar recursos públicos de mobilidade que, há mais de um século, foram edificados para servirem as populações e o desenvolvimento do país. Este assunto tem sido levantado em várias ocasiões, há já vários anos, designadamente na Assembleia da República. Porém, as respostas dos sucessivos governos não têm passado de promessas vagas, de projectos sucessivamente adiados e de ausência de compromissos sérios e rigorosos. O empenhamento dos poderes autárquicos nestes concelhos tem ficado aquém das expectativas e das exigências mínimas.
As candidaturas autárquicas do Bloco de Esquerda em Coimbra, Montemor-o-Velho e Figueira da Foz comprometem-se a fazer todos os esforços para colocar na agenda política o empreendimento público da reestruturação desta via férrea, destinada não só a uma maior comodidade e eficiência nas deslocações das pessoas, mas também a uma maior racionalidade no transporte de mercadorias, designadamente entre o porto da Figueira da Foz, a plataforma rodo-ferroviária da Pampilhosa e o território nacional e ibérico, tudo em favor de uma maior qualidade de vida dos cidadãos do Baixo Mondego, de um ambiente mais saudável e de uma economia mais dinâmica.
De igual modo, o Bloco de Esquerda opor-se-á firmemente a todas as tentativas de privatização, clara ou disfarçada, dos transportes ferroviários, uma vez que isso determinaria a alienação de riqueza que o Estado, em nome dos cidadãos, tem a obrigação de preservar.

Coimbra, 26 de Setembro de 2009

As candidaturas do Bloco de Esquerda às Autárquicas de 2009 em Coimbra, Montemor-o-Velho e Figueira da Foz

domingo, 27 de setembro de 2009

APOIANTE: ISABEL CAMPANTE


Acredito na possibilidade de da cidade fazer vida. Acredito em Coimbra. Coimbra, a cidade em que não nasci. Coimbra, a cidade em que escolhi viver. Coimbra, a cidade que me habita. Coimbra, a cidade que pode ser. Acredito que a política pode ser exercício nobre, depende de quem. Acredito, principalmente, nas pessoas que têm existência para lá da vida política — talvez porque são estas as que sabem o que é habitar onde se vive, o que é procurado onde é necessário, o que faz falta onde não existe,o que temos porque é de todos. Acredito na Catarina, no Serafim, no Paulo, na Natércia, no Zé Vieira, na Lena, no António Marinho, na Maria João, no Paulo Peixoto, na Isabel, no João, na Lia. Acredito porque já os vi e ouvi em diferentes ocasiões defenderem a cidade e os seus viventes sem outro interesse(s) que não a causa pública. Acredito que a reunião destas pessoas, altamente implicadas nas diversas maneiras de fazer (bem) cidade, é mais do que um programa eleitoral, é um projecto comum de vida para melhorar a nossa vida.
Isabel Campante, Produtora Cultural

sábado, 26 de setembro de 2009

Discurso de Alexandre Alves Costa no Comício de dia 21 no Teatro Gil Vicente


Companheiras e companheiros


As minhas palavras constituem uma explicação simples sobre a minha aceitação em ser mandatário da lista do Bloco de Esquerda, por Coimbra, para as próximas eleições legislativas. Não farei nenhum discurso de propaganda eleitoral, nem penso mandar, nem controlar as acções dos meus companheiros. Nem eles deixariam seguramente!
Representá-los-ei, com muita honra, em quaisquer circunstâncias. Agradeço muito a confiança que em mim depositaram.

São três as palavras-chave que dão as minhas entradas hoje aqui e espero que continuem presentes na minha vida toda: amizade, fidelidade e esperança.

A amizade que me liga aos companheiros do Bloco de Esquerda de Coimbra, particularmente, desculpem-me os outros, ao José Manuel Pureza, cabeça de lista. Participei com eles na construção de um projecto para Coimbra, numa aventura autárquica, aliás de resultado ruinoso, por minha exclusiva responsabilidade.
Esse projecto colectivo iluminou muito do que ainda penso sobre Coimbra e sobre as cidades médias portuguesas, mas foram os laços de amizade e solidariedade que então cimentamos que me prendem a todos irreversivelmente.
Tentamos aqui afastar-nos da reconstituição que se fecha sobre si mesma, representando bem o dominante da nossa cultura, inventora de concórdias e verdades médias.
Apeteceu-nos na altura, e ainda nos apetece, construir, em simultâneo, a vertente que garanta uma relação estável e serena com o mundo a quem forneceríamos o esperado, na continuidade da repetição das formas e dos temas e, ao mesmo tempo, a vertente que indaga de forma mais profunda o real, inventando o que não existe ainda e jamais virá à existência, senão através da imaginação.
Coimbra é um dos nossos lugares, com todos os passados que nos constituem e com um projecto de futuro em que podemos colaborar: transformá-la, justificadamente pela sua imensa riqueza humana e cultural, num lugar central e encontrar nela pretexto para intervir, descomplexadamente, no debate pós-moderno da cidade contemporânea.

Mas é também e sempre, a fidelidade a esta cidade que cruzo, desde a primeira adolescência, em tempos diferentes, marcantes na minha conformação pessoal.
Primeiro a casa do João Cochofel, a caminho das férias no Senhor da Serra. A gente da Revista Vértice, os neo-realistas que me revelaram um Portugal diferente e me ensinaram a nadar, a jogar pingue-pongue e a gostar de música: recordo o João Cochofel, o Lopes Graça, o Gomes Ferreira, o Carlos Oliveira, o Namorado, o Mário Braga e, depois, Coimbra que, mais do que da Rainha Santa ou da Inês de Castro, foi, na boca deles, a Coimbra de Antero de Quental.
Num segundo tempo a tomada da Bastilha de 1961. Lembro a nossa entrada triunfal na cidade, vindos do Porto, cantando a Marselhesa durante os quilómetros que calcorreamos a pé, depois do nosso autocarro ter sido confiscada pela PIDE. Logo a seguir 1962/69, as lutas estudantis que abalaram o regime, a minha entrada e saída do Partido Comunista nas barricadas de Maio de 68 e com os tanques soviéticos em Praga.
E, finalmente, a Universidade de Coimbra, onde trabalho há mais de vinte anos, que me recebeu como membro de direito e onde encontrei outras plataformas de debate e aprendizagem.
E, a propósito desta minha fidelidade à cidade e à universidade, aproveito para vos contar que, um dia, encontrei o Antero nas Escadas de Minerva que me perguntou:

Então tu agora já não achas que é preciso caminhar sobre as ruínas da Universidade como quem caminha num campo de flores?

São outros tempos, disse-lhe, aproveitando a deixa para lhe anunciar, a medo, que tinha aceitado ser mandatário desta lista.

Então tu agora, Alexandre Alves Costa, acreditas que o voto é a arma do povo? Perguntou com severidade.

Tentei explicar-lhe: é que temos o Bloco de Esquerda que é uma nova esperança. E eu já estava farto, porque o que me cansa não é caminhar, é não acreditar.
Além disso, está lá toda a malta, como se dizia no MUD Juvenil.
E eu, que, como sabes, apoiei, em diversas circunstâncias, o Otelo, o PSR, a UDP, a Política XXI, a Maria de Lourdes Pintassilgo, agora estou no Bloco porque, não quero viver num país que desperdiça os seus recursos humanos através da desigualdade, da precariedade, do desemprego e da falta de acesso ao conhecimento.
O Bloco, e eu com ele, acreditamos que é possível utilizar o combate à crise na luta contra o nosso atraso estrutural.

E tens esperança? Perguntou com um sorriso irónico.

Sim, Antero, tenho e digo-te mais: com a Catarina na Câmara, o Zé Manel no Parlamento e a Marisa na Europa, participaremos no desenho de um novo mapa, para a cidade, para o país e para a Europa.
Eu quero estar com eles e, por isso aqui estou… com esperança!

Mas isto que vos disse, queridos companheiros, não significa que deseje que, algum dia, me abandonem aquela severidade crítica e aquele sorriso irónico, porque, acima de tudo, quero continuar a ser perturbado, sinal que estou vivo.
Também, porque sei que não é tanto a verdade que nos fascina, mas o processo em que consiste a sua busca, com a visão nela do que falta e não do que aparenta.

Muito obrigado
Alexandre Alves Costa

Alexandre Alves Costa, Arquitecto é mandatário da lista do BE às legislativas por Coimbra e candidato na lista do BE às eleições autárquicas por Coimbra.

APOIANTE: ANTÓNIO SOUSA RIBEIRO

Cuidar das cidades é cuidar das pessoas. É criar condições para que as pessoas possam habitar, no mais fundo sentido da palavra, o espaço que é de todos. Um espaço habitável é aquele em que não apenas estão assegurados os equipamentos, as infra-estruturas, as condições de mobilidade, mas, igualmente, a fruição do espaço público como espaço pensado para as pessoas. E, mais importante do que tudo, também como espaço pensado pelas pessoas, isto é, como um espaço de cidadania em que a prática corrente seja a participação das populações nas decisões que lhes dizem respeito. Tudo o contrário de uma governação feita à escala dos interesses privados ou à medida da arrogância medíocre de uma visão paternalista. Por tudo isto, é indispensável que o governo das cidades pertença a quem saiba legitimar-se pela defesa intransigente do interesse público e da participação democrática. Foi essa legitimação que os deputados do Bloco de Esquerda souberam conquistar ao longo de quatro anos de uma intervenção consistente e corajosa na Assembleia Municipal de Coimbra. É por isso que, nas eleições autárquicas em Coimbra, o voto útil é o voto no Bloco de Esquerda.


António Sousa Ribeiro, Professor Universitário, FLUC

APOIANTE: JOSÉ CARLOS BALSA


Apoio o Bloco porque acredito que, com ele, construiremos um país mais igual de forma diferente...


José Carlos Balsa, Professor do Ensino Secundário.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

T-Shirts "Coragem para Mudar, Coimbra!"


Poderá adquiri-las no Jantar de Campanha, na próxima 3ª feira, dia 29, no Hotel D. Inês. Reserve-as na sua inscrição para o jantar, através dos telemóveis:
962916842 e 961541485
ou para o email: coimbra.distrital@bloco.org

O design é da autoria de João Carvalho. Obrigada, João, pelo teu talento!

JANTAR DE CAMPANHA

É já no próximo dia 29 de Setembro (terça-feira), no Hotel Dona Inês, a partir das 19h45,
o jantar de arranque da campanha autárquica.

Estaremos, certamente, a festejar o resultado das legislativas,
o que vai dar-nos alento para a nova luta que se desenrolará até 11 de Outubro.

Este evento contará com a presença da deputada Ana Drago
e a actuação do músico Rui Queiroz.

As inscrições devem ser feitas, desde já, para os telemóveis:
962916842 e 961541485
ou para o email: coimbra.distrital@bloco.org

APOIANTE: ADRIANA BEBIANO


Coimbra sofre de um “excesso de passado”, numa relação esquizofrénica com a sua (pouca) importância real presente, que tem vindo a ser alimentado pelos discursos dominantes do poder local nas últimas décadas. O futuro, quando se diz que chega, traduz-se num suposto desenvolvimento urbano de um novo-riquismo gritante.
O Bloco de Esquerda é absolutamente necessário para o trabalho de vigilância e combate às políticas sociais e culturais que os grupos dos interesses (económicos) dos últimos anos têm vindo a seguir. Não tenho a menor dúvida de que a Catarina Martins irá cumprir esta função com a seriedade e o espírito combativo que todos lhe reconhecemos.
Porque Coimbra não é só tradição académica serôdia, ranchos folclóricos e arquivos; porque é o preciso manter Choupal como espaço vivo aberto à comunidade, e não um lugar imaginário numa canção; porque é possível acreditar na cidade para – e como – comunidade, numa cidade criativa, o voto no BE é, neste momento, um imperativo ético.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Revisão do PDM: Mais 19 “Soluns” para quantos milionários ?


O BE analisou a revisão do PDM no que diz respeito às zonas de expansão dos núcleos ou zonas urbanas periféricas à cidade. O resultado desse trabalho, que se apresenta agora de forma sumária, não podia ser mais alarmante:
1-Não encontramos nenhuma localidade ou núcleo urbano em que se apostasse numa diminuição dos perímetros urbanos. Em todos regista-se um aumento significativo desses mesmos perímetros. Não se diminui os terrenos expectantes, aumenta-se a dispersão territorial, que é proporcional ao aumento da área a ser infra-estruturada.
2- O aumento das áreas urbanas de expansão, relativamente ao PDM de 1994, soma um total de mais de 520 hectares (medidos apenas nos sítios onde o aumento era mais evidente).
3 - Esta análise incidiu sobre território sobrante ao Plano de Urbanização (PU). Relativamente ao território abrangido pelo PU, que, como alertámos há já algum tempo, coloca em estudo 5 000 hectares, ou seja quase o dobro da actual área que o PDM define como cidade (3000 ha), não há ainda informação. Tudo indica que a tendência seja semelhante, o que corresponderá a uma situação de descalabro para a cidade.
Mas o que são mais de 500 hectares de solo urbanizável?
Utilizemos como termo de comparação o Bairro da Solum. O terreno base no qual foi construído tinha cerca de 280000 m2, ou seja 28 hectares. Sendo assim podemos considerar que nesta área de 520 hectares, poderiam ser construídos cerca de 19 bairros como a Solum.
E a que é se deve este acto, por parte de quem diz querer recuperar o Centro Histórico?
Pedro Bingre, docente da E. S. Agrária de Coimbra, afirmou em entrevista ao Campeão das Províncias em Maio de 2006: Por cada hectare que um mero acto administrativo converte em urbanizável, o proprietário ganha automaticamente cerca de dois milhões de euros.
Façamos pois as contas. QUANTOS MILIONÁRIOS SE PROPÕE FAZER ENCARNAÇÃO? Quantos milionários se propõe fazer à custa da cidade, do interesse público e do nosso futuro colectivo? Se considerarmos que um milionário é alguém que possua, sem nada fazer, dois milhões de euros, serão portanto mais de 500 os novos milionários graças a esta proposta de revisão do PDM….
Pergunta-se ainda: será que entre eles estarão financiadores da campanha de reeleição de Encarnação, de forma a garantir que esta violência é aprovada e implementada ?
No que aos Planos Directores Municipais (PDM) diz respeito, actualmente em vigor e denominados de 1ª geração, os diagnósticos há muito estão feitos. Dados os limites de expansão urbanos neles transcritos, previa-se uma população de 30 milhões de habitantes a nível nacional. Ora, em 2009, seremos menos de 10 milhões, receando-se uma diminuição da população residente nas próximas décadas.
Pensava-se portanto que, com os PDM de 2ª geração, o erro fosse emendado e realisticamente se perspectivasse uma ocupação do solo que correspondesse às necessidades previsíveis das populações. Ora, é exactamente o oposto o que nos é proposto pelo executivo do DR. Carlos Encarnação. Ao País imaginário dos 30 milhões de habitantes, o actual Vice-presidente da CMC e responsável pelo urbanismo, Eng. João Rebelo, propõe segundo declarações transcritas no jornal público de 28.01.2007, um aumento de cerca de 5%, na área respeitante ao Plano de Urbanização (PU). Quanto ao PDM, toda a informação foi camuflada.
Ora, bastariam estes 5%, se acompanhados pelos restantes municípios portugueses, para originar um país de 31 milhões e quinhentos mil portugueses. O executivo do Dr. Carlos Encarnação, parecendo mais preocupado em trabalhar para uma população imaginária do que para o município real a que se supõe presidir, evidencia entretanto e uma vez mais estar refém de interesses particulares oriundos do sector imobiliário, como aliás tem estado sempre ao longo destes 8 anos. Entretanto, o centro histórico definha, a cidade turística marca passo, a qualidade da vida urbana na cidade degrada-se, e Coimbra perde importância no quadro Nacional, ibérico e Europeu.
Não admira que o Presidente da Câmara não tenha apresentado publicamente o PDM, limitando-se a fornecer, perante as exigências do BE, uma informação incompleta e desactualizada. As peças desenhadas mais recentes nunca foram publicamente divulgadas. A Assembleia Municipal aprovou, por proposta do BE, uma Comissão de Acompanhamento da revisão do PDM e do PU, que, apesar das nossas insistências, nunca reuniu. Carlos Encarnação não quer, manifestamente, que a cidade saiba o que está a preparar nas costas dos cidadãos. No que ao PDM diz respeito, os factos demonstram que o PSD em Coimbra está a anos-luz de uma política de verdade.
Coimbra, 24 de Setembro de 2009
O Bloco de Esquerda / Coimbra

APOIANTE: PEDRO RODRIGUES


Apoio as listas do Bloco de Esquerda à Câmara e à Assembleia Municipal de Coimbra, lideradas por Catarina Martins e Serafim Duarte, por duas razões principais.
Em primeiro lugar, porque eles provaram, no mandato que agora termina, a diferença que o Bloco faz nos órgãos para que é eleito. A sua enérgica e decidida participação na Assembleia Municipal, marcada pela intransigente defesa do interesse público, enriqueceu a democracia local, aprofundou as discussões e demonstrou um enorme respeito pelas pessoas que neles confiaram para seus representantes.
Em segundo lugar, porque me revejo integralmente no ambicioso mas urgente programa que o Bloco propõe para esta eleições. Há nele uma ideia de cidade que é a antítese do que temos sido obrigados a suportar nas últimas décadas. Uma cidade em que as pessoas continuam a contar e a ser ouvidas mesmo fora do período eleitoral, uma cidade em que os dirigentes eleitos respondem pelos compromissos que assumem e pelos actos que praticam, uma cidade inclusiva e aberta ao mundo, uma cidade que respeita e promove os direitos de todos os que nela vivem. Uma cidade, permitam-me, que reconhece na criação artística uma das suas marcas identitárias e que nela aposta como eixo fundamental e concreto de cidadania e de desenvolvimento.
Para que este programa se cumpra, a Catarina, o Serafim e os demais eleitos pelo Bloco de Esquerda precisarão da coragem que já demonstraram ter. Mas precisam igualmente do apoio de todos aqueles que não se resignam e que acreditam que uma cidade mais justa é possível.
Pedro Rodrigues
produtor teatral

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

SERAFIM DUARTE, Candidato à Assembleia Municipal


Tal como há quatro anos atrás, o Bloco de Esquerda afirma claramente ao que vem e o que o move: queremos uma outra Coimbra, mais e melhor cidade; mais e melhor qualidade de vida; mais e melhor participação cidadã, mais transparência nas políticas e melhor democracia.
Queremos uma Coimbra com elevada qualidade de vida, criativa e moderna, que se afirme como pólo cosmopolita dos saberes, da tecnologia e da cultura, capaz de atrair e fixar os mais jovens, criar emprego e gerar desenvolvimento.

Ao longo destes últimos quatro anos, opusemo-nos com coerência e determinação sem concessões às decisões políticas erradas da coligação de direita (PSD/CDS/PPM) que governou a cidade, aprofundando o divórcio entre a Câmara e os cidadãos e acentuando a periferização da cidade. Coimbra não só perdeu peso político, no contexto nacional, como foi incapaz de se afirmar como pólo agregador à escala regional. Os políticos que em Coimbra representam a área do arco da governação são, em geral, medíocres e incapazes de protagonizar a afirmação dos interesses da cidade, colocando à frente os seus próprios interesses particulares, usando frequentemente o poder como trampolim para as suas negociatas.

Por isso, é preciso coragem para mudar os protagonistas e as políticas.
As candidaturas do Bloco de Esquerda constituem, hoje, uma alternativa de esquerda, combativa e credível, disposta a romper com o paradigma e práticas políticas que têm dominado o governo da cidade, vergando-a aos interesses dos poderosos lobbies da especulação imobiliário-financeira.

Nós vamos à luta, para mudar este estado de coisas. Contem connosco!

Os eleitos do Bloco de Esquerda não tergiversarão na defesa dos interesses públicos, contra a alienação de espaços e património ou a venda da cidade a retalho a favor de negociatas com interesses privados, vamos à luta.

Coragem para mudar é a nossa proposta e, mais do que um apelo, é um imperativo de cidadania.

É tempo de mudar radicalmente de políticas e de protagonistas e o Bloco é a única força em condições para o fazer, não só pelo seu programa e coerência na oposição, mas também pela sua capacidade de abertura ao diálogo descomplexado e à construção das convergências dos vários activismos políticos e cívicos necessários para operar as rupturas que se impõem.

Coragem para mudar com uma esquerda de confiança.

É chegada a hora da mudança, para varrer com a mediocridade e dotar a cidade de um projecto estratégico e identitário amplamente mobilizador, que federe vontades e sinergias, devolva dignidade e prestígio à cidade, devolvendo-a aos cidadãos.

O único voto útil é o voto na alternativa de mudança que só o Bloco de Esquerda protagoniza. Sabem que podem contar connosco.


Serafim Duarte,
Candidato à Presidência da Assembleia Municipal de Coimbra

APOIANTE: MANUEL PORTELA


Não tenho qualquer dúvida de que Catarina Martins é a melhor candidata à Câmara Municipal de Coimbra. A sua intervenção ao longo dos últimos quatro anos revelou uma capacidade de formulação e defesa do interesse público acima de qualquer dos outros intervenientes na política municipal. Este trabalho reflecte-se no seu texto de candidatura de 2009, ‘a qualidade do lugar’, que contém uma proposta integradora da gestão da cidade a partir da promoção da criatividade e da participação cidadã nas decisões políticas. A gestão do município não pode limitar-se a legitimar o poder dos grupos e classes dominantes na privatização do território e dos recursos da comunidade, como tem acontecido com demasiada frequência. A qualidade política do projecto e a qualidade intelectual e ética da pessoa constituem as duas razões principais para o meu apoio.
Manuel Portela

APOIANTE: JOSÉ DIAS

VOU VOTAR BE NAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS, PORQUE:

Avalio positivamente a sua prestação de contas dos últimos quatro anos de participação na vida autárquica de Coimbra;
Acredito que se apresenta como a única força política capaz da Mudança de paradigma político de que tanto necessitamos;
É o partido que mais garantia me dá de adoptar e de aplicar os, para mim, sagrados princípios da Democracia Participativa
Se candidata com um Programa de Esquerda Socialista, que é o meu

Cidadão José Dias – colaborador da Fundação Inatel

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

domingo, 20 de setembro de 2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Apresentação da candidatura à Câmara Municipal

“Coragem para Mudar” é o lema escolhido pela candidatura do BE à Câmara e à Assembleia Municipal de Coimbra.
Queremos responder, com o nosso projecto e a nossa ousadia, à necessidade de mudança que cada vez mais se faz sentir em Coimbra. Respondemos ao desalento de todos aqueles e aquelas que, ao longo de mais de uma década, assistiram à degradação do concelho, à venda da cidade aos promotores imobiliários; àqueles e àquelas que perderam qualidade de vida, oportunidades de emprego, àqueles e àquelas que não compreendem como se delapidou e continua a delapidar o potencial de desenvolvimento de Coimbra. Queremos mudar – mudar cada vez mais. É inevitável reconhecer que o Bloco tem sido, ao longo dos últimos quatro anos, voz e protagonista de mudança nas políticas autárquicas em Coimbra.
Confessava-me um jornalista que os deputados do BE eram considerados “um corpo estranho” pelo Presidente da Assembleia Municipal. Nada nos enche de maior orgulho:
Sim, somos um corpo estranho às práticas anti-democráticas que reinam nos órgãos autárquicos de Coimbra, e que constantemente combatemos.
Sim, somos um corpo estranho, porque não nos barricamos na arrogância de quem, após ter sido eleito, recusa dar voz e poder de decisão aos cidadãos e às cidadãs.
Somos, de facto, um corpo estranho, porque em vez de políticas erráticas, nos apresentamos com uma estratégia global para a cidade, que foi debatida abertamente com todas e com todos.
Somos estranhos, porque não fazemos PDMs às escondidas, vendendo retalhos de Coimbra à socapa. Somos estranhos, porque exigimos e agimos com transparência.
E porque ousamos dizer que a cidade é das pessoas – que a cidade é As pessoas. Que não há governo da cidade sem que as pessoas sejam a prioridade máxima. Sem que o emprego e as políticas sociais ocupem o primeiro lugar, no investimento e na acção directa da autarquia.
Somos estranhos, porque o ambiente e a qualidade de vida estão, também, no topo da nossa agenda. Queremos uma Coimbra onde se viva bem e de modo saudável. Não queremos uma cidade onde a construção canibalize os espaços verdes, e os tubos de escape empestem o ar, em estradas sobre estradas, viadutos sobre viadutos, sobre o Choupal, sobre a casa das pessoas. Queremos uma cidade que dê o destino ambientalmente correcto aos seus resíduos, urbanos e industriais, e que preserve a água como um bem público.
Somos estranhos, porque recusamos e combatemos a degradação das escolas. Mas não nos opomos a que fechem algumas que, por mais remendos que se façam, jamais terão as condições que merecem as nossas crianças, no séc. XXI. Porque defendemos a escola pública, moderna e de qualidade, em igualdade de oportunidades, para todas as crianças e jovens. Porque queremos acabar com o negócio dos privados na educação em Coimbra, apostando fortemente na rede pública.
Somos estranhos, porque em vez de hostilizar a cultura e a criatividade, fazemos delas o centro e o motor do desenvolvimento do concelho. Porque afirmamos que o potencial criativo, na ciência, na tecnologia, na saúde, mas também nas artes, na formação artística, nos saberes em torno do património – o potencial criativo é a chave para uma nova dinâmica que renove e revitalize Coimbra, sem trair a sua identidade.
Somos estranhos, porque somos de confiança. Uma confiança que as pessoas, os eleitores, têm reconhecido de modo crescente. Um reconhecimento que aumenta a nossa responsabilidade. Um reconhecimento a que respondemos com toda a coragem.
Não há mais razão para adiar a mudança. Não resta qualquer benefício de dúvida a dar a quem há tanto tempo nos governa – e tem destruído a cidade. Em breve, será demasiado tarde. É tempo – é tempo há muito tempo – de escolher a alternativa. E a alternativa é o BE.

Coimbra, 20 de Outubro de 2009
Apresentação da candidatura à Câmara Municipal

Apoio de Boaventura Sousa Santos