quarta-feira, 30 de setembro de 2009

PATRIMÓNIO E DESENVOLVIMENTO LOCAL

Hoje, a partir das 17.30 horas, o Bloco de Esquerda promoveu um passeio por Santa Clara, debatendo propostas de requalificação urbanística da margem esquerda, tendo como pontos de referência a zona ribeirinha e o património histórico. De seguida, teve lugar, no auditório do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, um debate subordinado ao tema “Reabilitação do Património e Desenvolvimento Local”, no qual intervieram Alexandre Alves Costa, arquitecto responsável pelo projecto de reabilitação do Mosteiro e candidato à Câmara de Coimbra na lista do Bloco de Esquerda, e Luís Sousa, arquitecto.

O Bloco de Esquerda defende que o desenvolvimento económico de Coimbra, a competitividade da cidade no mercado europeu e a criação de emprego dependerão da rentabilização da sua identidade cultural e da forte concentração de património edificado e imaterial no centro histórico, o qual inclui e deve valorizar a margem esquerda e a encosta que, nessa margem do Mondego, espelha a encosta da universidade. É aqui que a memória e o património da cidade devem encontrar o futuro, com soluções de inovação cultural e empresarial no sector criativo. Deste ponto de vista, o investimento público concentrado no I-Parque, distanciado da malha urbana, sem soluções de acessibilidade, sem qualidade ambiental, e enquanto factor que não distingue Coimbra de muitas outras cidades onde também se construíram parques tecnológicos, corre o risco de ter criado um elefante branco. O factor determinante de atracção da cidade sobre a nova economia de base tecnológica e criativa, e sobre o respectivo capital humano reside, na realidade, na qualidade urbanística, ambiental e de mobilidade da cidade como um todo, bem como na oferta de serviços do âmbito educativo e social, e na dinâmica cultural global.
Nesta perspectiva, a retirada de trânsito automóvel do centro histórico, incluindo a margem esquerda, é fundamental. Referimo-nos, sobretudo, ao trânsito de atravessamento, estando sempre garantido o acesso a habitantes e comerciantes.
Quanto à intervenção sobre o património, esta deve ser decidida com base numa forte dinâmica de participação cidadã sobre os usos e fins a dar a cada edifício, sendo sempre privilegiado o interesse público e da cidade.


Coimbra, 30 de Setembro de 2009
A Candidatura do Bloco de Esquerda à autarquia de Coimbra

APOIANTE: MARIA IRENE RAMALHO


Querida Catarina:

Obrigada, a si e ao BE, por este belo programa para as autárquicas de Coimbra. Ao ler-lhe a serena integridade e o extremo rigor, em contraste com a vozearia oca que caracteriza tantas outras campanhas, ocorreu-me um poema de Emily Dickinson: “The Missing All – prevented Me / From missing minor things”. Perder tudo, diz a poeta americana, salvou-me de perder coisas miúdas. Nada, e eu parafraseio, me faz erguer a cabeça do meu trabalho por curiosidade. No ruído total da campanha autárquica, é inspirador ver a Catarina Martins – mulher, esposa, mãe, professora universitária e investigadora de grande mérito, cidadã lúcida e empenhada – erguer a cabeça dos seus muitos que-fazeres, não por curiosidade, mas por imperativo democrático de participação e cidadania plena. E para quê? Para acudir às “coisas miúdas” da nossa tão mal tratada cidade.


Maria Irene Ramalho, Professora Universitária

terça-feira, 29 de setembro de 2009

AMANHÃ ESTAREMOS NA MARGEM ESQUERDA


A Margem Esquerda do Mondego tem sido, ao longo das últimas décadas, não somente esquecida como uma espécie de depósito de equipamentos e construção, de um modo desordenado e desqualificado. Por exemplo, a zona ribeirinha entre a Ponte de Santa Clara e a Ponte Açude e toda a Guarda Inglesa, recentemente descaracterizada adicionalmente por um conjunto de viadutos. O Planalto de Santa Clara aguarda a concretização de uma Unidade de Execução, a qual foi estruturada, não tendo em conta o interesse público, mas em função de um centro comercial - o Forum -, o qual resultou, ele próprio, de um dos maiores escândalos do imobiliário a que Coimbra assistiu (o escândalo da venda da fábrica da Mondorel). Para além disso, a encosta de Santa Clara-a-Nova aguarda uma intervenção, sendo preocupante, desde já, o destino que será dado ao Convento e à respectiva Cerca. O Convento de S. Francisco aguarda há oito anos o cumprimento das promessas que Carlos Encarnação repete há três campanhas eleitorais: a conversão em Centro de Congressos.

Na Margem Esquerda, porém, há alguns projectos de interesse a registar, que deviam ser integrados no planeamento global da zona: o Exploratório Centro Ciência Viva (nas Lages), o parque do Polis e, sobretudo, o novo Museu e Centro Interpretativo de Santa Clara-a-Velha, intervenção exemplar sobre o património histórico.

Consideramos urgente que a Margem Esquerda se torne objecto de uma intervenção prioritária de requalificação como parte integrante do Centro Histórico. Esta deve contemplar domínios tão diversos como a requalificação do património, a qualificação das zonas ribeirinhas, a mobilidade, etc.

Convidamos todos os interessados a reflectir sobre estas questões, amanhã, a partir das 17.15. Estarão connosco: Luís Sousa, Arquitecto, e Alexandre Alves Costa, Arquitecto, autor do projecto de Santa Clara-a-Velha e candidato à Câmara Municipal de Coimbra pelo Bloco de Esquerda.


17.15: Passeio por Santa Clara, reflectindo sobre a requalificação da margem esquerda

Com Alexandre Alves Costa e Luís Sousa (arquitectos)
Encontro junto à ponte de Santa Clara (margem esquerda)


18.00: Debate sobre a Margem Esquerda, a Requalificação do Património e o Desenvolvimento Local

Com Alexandre Alves Costa e Luís Sousa

Auditório do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha

APOIANTE: JOÃO ANDRÉ DUARTE



Apoio a candidatura autárquica do Bloco de Esquerda, porque acredito que só ela tem a coragem e o querer para provocar as mudanças necessárias e colocar de novo Coimbra no mapa.
Porque só o BE tem um programa que confere a centralidade necessária às questões da cultura e da ciência em termos de modernidade, inovação e desenvolvimento;
Porque sou jovem, e como eu muitos outros jovens, precisamos de uma cidade com futuro, capaz de nos acolher, fixar e estimular criativamente.


João André Duarte, 23 anos, Investigador, doutorando de Bioquímica

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

APOIANTE: CARLOS EDUARDO GONÇALVES


Quem se deslocar na cidade a caminho do trabalho e, em especial, atravessar o Mondego, pode reflectir na “missão impossível” de conceber e levar a cabo políticas que não ensombrem o presente e não confisquem o futuro. Porque o espaço urbano aparentemente à toa com que deparamos baseia-se em ideias claras: privatização e fechamento do espaço doméstico e inutilidade de sociabilidade no espaço público, reservado à mobilidade e ao consumo. O quebra-cabeças de romper a limpidez da lógica da cidade-centro comercial traduz-se na dificuldade em elaborar um pensamento útil sobre:

o Ambiente
a Actividade Física e o Desporto, para além da privatização dos espaços de prática e da segmentação social, que elitizam toda a actividade do clube prestador de serviços ou do ginásio – abandonando o Desporto Escolar em gueto de irrelevância - e a retirada do espaço público de toda a carga associativa, educativa, de comunidade de afectos e sociabilidades que dá ao Desporto o seu valor social intrínseco, como fonte de bem-estar pessoal, expressão de potencialidades, participação cívica activa e compromisso com estilos de vida de partilha de espaços e vivências públicas, deveria moldar um programa em que crianças, jovens e adultos acedessem à prática em condições de igualdade e de qualidade.

Não existem medidas avulsas que resolvam seja o que for. Todas as políticas vão interferir e agir, virtuosa ou perversamente sobra todas as outras. Sabemo-lo e alguns fingem que não sabem. Pode parecer que é demasiado tarde para responder à urgência da situação. Penso que ainda vale a pena lutar por uma vida boa. E que o projecto, programa e vontade do Bloco de Esquerda respondem à urgência e sentido desta luta.


Carlos Eduardo Gonçalves; Professor Universitário, Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, treinador de Basquetebol.

RAMAL DA FIGUEIRA DA FOZ

É urgente qualificar e revitalizar esta linha ferroviária

As populações dos concelhos de Cantanhede, Montemor-o-Velho, Figueira da Foz e Mealhada têm assistido, com apreensão e revolta, à progressiva degradação deste ramal ferroviário, que culminou no seu encerramento há já vários meses.
Através dele, desde 1882, estes quatro concelhos estão ligados entre si e também com a linha do Norte, com acesso a Coimbra, Porto e Lisboa, e com a linha da Beira Alta, com ligação a Espanha e ao resto da Europa.
É lamentável que, no início do século XXI, estejamos a esbanjar recursos públicos de mobilidade que, há mais de um século, foram edificados para servirem as populações e o desenvolvimento do país. Este assunto tem sido levantado em várias ocasiões, há já vários anos, designadamente na Assembleia da República. Porém, as respostas dos sucessivos governos não têm passado de promessas vagas, de projectos sucessivamente adiados e de ausência de compromissos sérios e rigorosos. O empenhamento dos poderes autárquicos nestes concelhos tem ficado aquém das expectativas e das exigências mínimas.
As candidaturas autárquicas do Bloco de Esquerda em Coimbra, Montemor-o-Velho e Figueira da Foz comprometem-se a fazer todos os esforços para colocar na agenda política o empreendimento público da reestruturação desta via férrea, destinada não só a uma maior comodidade e eficiência nas deslocações das pessoas, mas também a uma maior racionalidade no transporte de mercadorias, designadamente entre o porto da Figueira da Foz, a plataforma rodo-ferroviária da Pampilhosa e o território nacional e ibérico, tudo em favor de uma maior qualidade de vida dos cidadãos do Baixo Mondego, de um ambiente mais saudável e de uma economia mais dinâmica.
De igual modo, o Bloco de Esquerda opor-se-á firmemente a todas as tentativas de privatização, clara ou disfarçada, dos transportes ferroviários, uma vez que isso determinaria a alienação de riqueza que o Estado, em nome dos cidadãos, tem a obrigação de preservar.

Coimbra, 26 de Setembro de 2009

As candidaturas do Bloco de Esquerda às Autárquicas de 2009 em Coimbra, Montemor-o-Velho e Figueira da Foz

domingo, 27 de setembro de 2009

APOIANTE: ISABEL CAMPANTE


Acredito na possibilidade de da cidade fazer vida. Acredito em Coimbra. Coimbra, a cidade em que não nasci. Coimbra, a cidade em que escolhi viver. Coimbra, a cidade que me habita. Coimbra, a cidade que pode ser. Acredito que a política pode ser exercício nobre, depende de quem. Acredito, principalmente, nas pessoas que têm existência para lá da vida política — talvez porque são estas as que sabem o que é habitar onde se vive, o que é procurado onde é necessário, o que faz falta onde não existe,o que temos porque é de todos. Acredito na Catarina, no Serafim, no Paulo, na Natércia, no Zé Vieira, na Lena, no António Marinho, na Maria João, no Paulo Peixoto, na Isabel, no João, na Lia. Acredito porque já os vi e ouvi em diferentes ocasiões defenderem a cidade e os seus viventes sem outro interesse(s) que não a causa pública. Acredito que a reunião destas pessoas, altamente implicadas nas diversas maneiras de fazer (bem) cidade, é mais do que um programa eleitoral, é um projecto comum de vida para melhorar a nossa vida.
Isabel Campante, Produtora Cultural

sábado, 26 de setembro de 2009

Discurso de Alexandre Alves Costa no Comício de dia 21 no Teatro Gil Vicente


Companheiras e companheiros


As minhas palavras constituem uma explicação simples sobre a minha aceitação em ser mandatário da lista do Bloco de Esquerda, por Coimbra, para as próximas eleições legislativas. Não farei nenhum discurso de propaganda eleitoral, nem penso mandar, nem controlar as acções dos meus companheiros. Nem eles deixariam seguramente!
Representá-los-ei, com muita honra, em quaisquer circunstâncias. Agradeço muito a confiança que em mim depositaram.

São três as palavras-chave que dão as minhas entradas hoje aqui e espero que continuem presentes na minha vida toda: amizade, fidelidade e esperança.

A amizade que me liga aos companheiros do Bloco de Esquerda de Coimbra, particularmente, desculpem-me os outros, ao José Manuel Pureza, cabeça de lista. Participei com eles na construção de um projecto para Coimbra, numa aventura autárquica, aliás de resultado ruinoso, por minha exclusiva responsabilidade.
Esse projecto colectivo iluminou muito do que ainda penso sobre Coimbra e sobre as cidades médias portuguesas, mas foram os laços de amizade e solidariedade que então cimentamos que me prendem a todos irreversivelmente.
Tentamos aqui afastar-nos da reconstituição que se fecha sobre si mesma, representando bem o dominante da nossa cultura, inventora de concórdias e verdades médias.
Apeteceu-nos na altura, e ainda nos apetece, construir, em simultâneo, a vertente que garanta uma relação estável e serena com o mundo a quem forneceríamos o esperado, na continuidade da repetição das formas e dos temas e, ao mesmo tempo, a vertente que indaga de forma mais profunda o real, inventando o que não existe ainda e jamais virá à existência, senão através da imaginação.
Coimbra é um dos nossos lugares, com todos os passados que nos constituem e com um projecto de futuro em que podemos colaborar: transformá-la, justificadamente pela sua imensa riqueza humana e cultural, num lugar central e encontrar nela pretexto para intervir, descomplexadamente, no debate pós-moderno da cidade contemporânea.

Mas é também e sempre, a fidelidade a esta cidade que cruzo, desde a primeira adolescência, em tempos diferentes, marcantes na minha conformação pessoal.
Primeiro a casa do João Cochofel, a caminho das férias no Senhor da Serra. A gente da Revista Vértice, os neo-realistas que me revelaram um Portugal diferente e me ensinaram a nadar, a jogar pingue-pongue e a gostar de música: recordo o João Cochofel, o Lopes Graça, o Gomes Ferreira, o Carlos Oliveira, o Namorado, o Mário Braga e, depois, Coimbra que, mais do que da Rainha Santa ou da Inês de Castro, foi, na boca deles, a Coimbra de Antero de Quental.
Num segundo tempo a tomada da Bastilha de 1961. Lembro a nossa entrada triunfal na cidade, vindos do Porto, cantando a Marselhesa durante os quilómetros que calcorreamos a pé, depois do nosso autocarro ter sido confiscada pela PIDE. Logo a seguir 1962/69, as lutas estudantis que abalaram o regime, a minha entrada e saída do Partido Comunista nas barricadas de Maio de 68 e com os tanques soviéticos em Praga.
E, finalmente, a Universidade de Coimbra, onde trabalho há mais de vinte anos, que me recebeu como membro de direito e onde encontrei outras plataformas de debate e aprendizagem.
E, a propósito desta minha fidelidade à cidade e à universidade, aproveito para vos contar que, um dia, encontrei o Antero nas Escadas de Minerva que me perguntou:

Então tu agora já não achas que é preciso caminhar sobre as ruínas da Universidade como quem caminha num campo de flores?

São outros tempos, disse-lhe, aproveitando a deixa para lhe anunciar, a medo, que tinha aceitado ser mandatário desta lista.

Então tu agora, Alexandre Alves Costa, acreditas que o voto é a arma do povo? Perguntou com severidade.

Tentei explicar-lhe: é que temos o Bloco de Esquerda que é uma nova esperança. E eu já estava farto, porque o que me cansa não é caminhar, é não acreditar.
Além disso, está lá toda a malta, como se dizia no MUD Juvenil.
E eu, que, como sabes, apoiei, em diversas circunstâncias, o Otelo, o PSR, a UDP, a Política XXI, a Maria de Lourdes Pintassilgo, agora estou no Bloco porque, não quero viver num país que desperdiça os seus recursos humanos através da desigualdade, da precariedade, do desemprego e da falta de acesso ao conhecimento.
O Bloco, e eu com ele, acreditamos que é possível utilizar o combate à crise na luta contra o nosso atraso estrutural.

E tens esperança? Perguntou com um sorriso irónico.

Sim, Antero, tenho e digo-te mais: com a Catarina na Câmara, o Zé Manel no Parlamento e a Marisa na Europa, participaremos no desenho de um novo mapa, para a cidade, para o país e para a Europa.
Eu quero estar com eles e, por isso aqui estou… com esperança!

Mas isto que vos disse, queridos companheiros, não significa que deseje que, algum dia, me abandonem aquela severidade crítica e aquele sorriso irónico, porque, acima de tudo, quero continuar a ser perturbado, sinal que estou vivo.
Também, porque sei que não é tanto a verdade que nos fascina, mas o processo em que consiste a sua busca, com a visão nela do que falta e não do que aparenta.

Muito obrigado
Alexandre Alves Costa

Alexandre Alves Costa, Arquitecto é mandatário da lista do BE às legislativas por Coimbra e candidato na lista do BE às eleições autárquicas por Coimbra.

APOIANTE: ANTÓNIO SOUSA RIBEIRO

Cuidar das cidades é cuidar das pessoas. É criar condições para que as pessoas possam habitar, no mais fundo sentido da palavra, o espaço que é de todos. Um espaço habitável é aquele em que não apenas estão assegurados os equipamentos, as infra-estruturas, as condições de mobilidade, mas, igualmente, a fruição do espaço público como espaço pensado para as pessoas. E, mais importante do que tudo, também como espaço pensado pelas pessoas, isto é, como um espaço de cidadania em que a prática corrente seja a participação das populações nas decisões que lhes dizem respeito. Tudo o contrário de uma governação feita à escala dos interesses privados ou à medida da arrogância medíocre de uma visão paternalista. Por tudo isto, é indispensável que o governo das cidades pertença a quem saiba legitimar-se pela defesa intransigente do interesse público e da participação democrática. Foi essa legitimação que os deputados do Bloco de Esquerda souberam conquistar ao longo de quatro anos de uma intervenção consistente e corajosa na Assembleia Municipal de Coimbra. É por isso que, nas eleições autárquicas em Coimbra, o voto útil é o voto no Bloco de Esquerda.


António Sousa Ribeiro, Professor Universitário, FLUC

APOIANTE: JOSÉ CARLOS BALSA


Apoio o Bloco porque acredito que, com ele, construiremos um país mais igual de forma diferente...


José Carlos Balsa, Professor do Ensino Secundário.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

T-Shirts "Coragem para Mudar, Coimbra!"


Poderá adquiri-las no Jantar de Campanha, na próxima 3ª feira, dia 29, no Hotel D. Inês. Reserve-as na sua inscrição para o jantar, através dos telemóveis:
962916842 e 961541485
ou para o email: coimbra.distrital@bloco.org

O design é da autoria de João Carvalho. Obrigada, João, pelo teu talento!

JANTAR DE CAMPANHA

É já no próximo dia 29 de Setembro (terça-feira), no Hotel Dona Inês, a partir das 19h45,
o jantar de arranque da campanha autárquica.

Estaremos, certamente, a festejar o resultado das legislativas,
o que vai dar-nos alento para a nova luta que se desenrolará até 11 de Outubro.

Este evento contará com a presença da deputada Ana Drago
e a actuação do músico Rui Queiroz.

As inscrições devem ser feitas, desde já, para os telemóveis:
962916842 e 961541485
ou para o email: coimbra.distrital@bloco.org

APOIANTE: ADRIANA BEBIANO


Coimbra sofre de um “excesso de passado”, numa relação esquizofrénica com a sua (pouca) importância real presente, que tem vindo a ser alimentado pelos discursos dominantes do poder local nas últimas décadas. O futuro, quando se diz que chega, traduz-se num suposto desenvolvimento urbano de um novo-riquismo gritante.
O Bloco de Esquerda é absolutamente necessário para o trabalho de vigilância e combate às políticas sociais e culturais que os grupos dos interesses (económicos) dos últimos anos têm vindo a seguir. Não tenho a menor dúvida de que a Catarina Martins irá cumprir esta função com a seriedade e o espírito combativo que todos lhe reconhecemos.
Porque Coimbra não é só tradição académica serôdia, ranchos folclóricos e arquivos; porque é o preciso manter Choupal como espaço vivo aberto à comunidade, e não um lugar imaginário numa canção; porque é possível acreditar na cidade para – e como – comunidade, numa cidade criativa, o voto no BE é, neste momento, um imperativo ético.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Revisão do PDM: Mais 19 “Soluns” para quantos milionários ?


O BE analisou a revisão do PDM no que diz respeito às zonas de expansão dos núcleos ou zonas urbanas periféricas à cidade. O resultado desse trabalho, que se apresenta agora de forma sumária, não podia ser mais alarmante:
1-Não encontramos nenhuma localidade ou núcleo urbano em que se apostasse numa diminuição dos perímetros urbanos. Em todos regista-se um aumento significativo desses mesmos perímetros. Não se diminui os terrenos expectantes, aumenta-se a dispersão territorial, que é proporcional ao aumento da área a ser infra-estruturada.
2- O aumento das áreas urbanas de expansão, relativamente ao PDM de 1994, soma um total de mais de 520 hectares (medidos apenas nos sítios onde o aumento era mais evidente).
3 - Esta análise incidiu sobre território sobrante ao Plano de Urbanização (PU). Relativamente ao território abrangido pelo PU, que, como alertámos há já algum tempo, coloca em estudo 5 000 hectares, ou seja quase o dobro da actual área que o PDM define como cidade (3000 ha), não há ainda informação. Tudo indica que a tendência seja semelhante, o que corresponderá a uma situação de descalabro para a cidade.
Mas o que são mais de 500 hectares de solo urbanizável?
Utilizemos como termo de comparação o Bairro da Solum. O terreno base no qual foi construído tinha cerca de 280000 m2, ou seja 28 hectares. Sendo assim podemos considerar que nesta área de 520 hectares, poderiam ser construídos cerca de 19 bairros como a Solum.
E a que é se deve este acto, por parte de quem diz querer recuperar o Centro Histórico?
Pedro Bingre, docente da E. S. Agrária de Coimbra, afirmou em entrevista ao Campeão das Províncias em Maio de 2006: Por cada hectare que um mero acto administrativo converte em urbanizável, o proprietário ganha automaticamente cerca de dois milhões de euros.
Façamos pois as contas. QUANTOS MILIONÁRIOS SE PROPÕE FAZER ENCARNAÇÃO? Quantos milionários se propõe fazer à custa da cidade, do interesse público e do nosso futuro colectivo? Se considerarmos que um milionário é alguém que possua, sem nada fazer, dois milhões de euros, serão portanto mais de 500 os novos milionários graças a esta proposta de revisão do PDM….
Pergunta-se ainda: será que entre eles estarão financiadores da campanha de reeleição de Encarnação, de forma a garantir que esta violência é aprovada e implementada ?
No que aos Planos Directores Municipais (PDM) diz respeito, actualmente em vigor e denominados de 1ª geração, os diagnósticos há muito estão feitos. Dados os limites de expansão urbanos neles transcritos, previa-se uma população de 30 milhões de habitantes a nível nacional. Ora, em 2009, seremos menos de 10 milhões, receando-se uma diminuição da população residente nas próximas décadas.
Pensava-se portanto que, com os PDM de 2ª geração, o erro fosse emendado e realisticamente se perspectivasse uma ocupação do solo que correspondesse às necessidades previsíveis das populações. Ora, é exactamente o oposto o que nos é proposto pelo executivo do DR. Carlos Encarnação. Ao País imaginário dos 30 milhões de habitantes, o actual Vice-presidente da CMC e responsável pelo urbanismo, Eng. João Rebelo, propõe segundo declarações transcritas no jornal público de 28.01.2007, um aumento de cerca de 5%, na área respeitante ao Plano de Urbanização (PU). Quanto ao PDM, toda a informação foi camuflada.
Ora, bastariam estes 5%, se acompanhados pelos restantes municípios portugueses, para originar um país de 31 milhões e quinhentos mil portugueses. O executivo do Dr. Carlos Encarnação, parecendo mais preocupado em trabalhar para uma população imaginária do que para o município real a que se supõe presidir, evidencia entretanto e uma vez mais estar refém de interesses particulares oriundos do sector imobiliário, como aliás tem estado sempre ao longo destes 8 anos. Entretanto, o centro histórico definha, a cidade turística marca passo, a qualidade da vida urbana na cidade degrada-se, e Coimbra perde importância no quadro Nacional, ibérico e Europeu.
Não admira que o Presidente da Câmara não tenha apresentado publicamente o PDM, limitando-se a fornecer, perante as exigências do BE, uma informação incompleta e desactualizada. As peças desenhadas mais recentes nunca foram publicamente divulgadas. A Assembleia Municipal aprovou, por proposta do BE, uma Comissão de Acompanhamento da revisão do PDM e do PU, que, apesar das nossas insistências, nunca reuniu. Carlos Encarnação não quer, manifestamente, que a cidade saiba o que está a preparar nas costas dos cidadãos. No que ao PDM diz respeito, os factos demonstram que o PSD em Coimbra está a anos-luz de uma política de verdade.
Coimbra, 24 de Setembro de 2009
O Bloco de Esquerda / Coimbra

APOIANTE: PEDRO RODRIGUES


Apoio as listas do Bloco de Esquerda à Câmara e à Assembleia Municipal de Coimbra, lideradas por Catarina Martins e Serafim Duarte, por duas razões principais.
Em primeiro lugar, porque eles provaram, no mandato que agora termina, a diferença que o Bloco faz nos órgãos para que é eleito. A sua enérgica e decidida participação na Assembleia Municipal, marcada pela intransigente defesa do interesse público, enriqueceu a democracia local, aprofundou as discussões e demonstrou um enorme respeito pelas pessoas que neles confiaram para seus representantes.
Em segundo lugar, porque me revejo integralmente no ambicioso mas urgente programa que o Bloco propõe para esta eleições. Há nele uma ideia de cidade que é a antítese do que temos sido obrigados a suportar nas últimas décadas. Uma cidade em que as pessoas continuam a contar e a ser ouvidas mesmo fora do período eleitoral, uma cidade em que os dirigentes eleitos respondem pelos compromissos que assumem e pelos actos que praticam, uma cidade inclusiva e aberta ao mundo, uma cidade que respeita e promove os direitos de todos os que nela vivem. Uma cidade, permitam-me, que reconhece na criação artística uma das suas marcas identitárias e que nela aposta como eixo fundamental e concreto de cidadania e de desenvolvimento.
Para que este programa se cumpra, a Catarina, o Serafim e os demais eleitos pelo Bloco de Esquerda precisarão da coragem que já demonstraram ter. Mas precisam igualmente do apoio de todos aqueles que não se resignam e que acreditam que uma cidade mais justa é possível.
Pedro Rodrigues
produtor teatral

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

SERAFIM DUARTE, Candidato à Assembleia Municipal


Tal como há quatro anos atrás, o Bloco de Esquerda afirma claramente ao que vem e o que o move: queremos uma outra Coimbra, mais e melhor cidade; mais e melhor qualidade de vida; mais e melhor participação cidadã, mais transparência nas políticas e melhor democracia.
Queremos uma Coimbra com elevada qualidade de vida, criativa e moderna, que se afirme como pólo cosmopolita dos saberes, da tecnologia e da cultura, capaz de atrair e fixar os mais jovens, criar emprego e gerar desenvolvimento.

Ao longo destes últimos quatro anos, opusemo-nos com coerência e determinação sem concessões às decisões políticas erradas da coligação de direita (PSD/CDS/PPM) que governou a cidade, aprofundando o divórcio entre a Câmara e os cidadãos e acentuando a periferização da cidade. Coimbra não só perdeu peso político, no contexto nacional, como foi incapaz de se afirmar como pólo agregador à escala regional. Os políticos que em Coimbra representam a área do arco da governação são, em geral, medíocres e incapazes de protagonizar a afirmação dos interesses da cidade, colocando à frente os seus próprios interesses particulares, usando frequentemente o poder como trampolim para as suas negociatas.

Por isso, é preciso coragem para mudar os protagonistas e as políticas.
As candidaturas do Bloco de Esquerda constituem, hoje, uma alternativa de esquerda, combativa e credível, disposta a romper com o paradigma e práticas políticas que têm dominado o governo da cidade, vergando-a aos interesses dos poderosos lobbies da especulação imobiliário-financeira.

Nós vamos à luta, para mudar este estado de coisas. Contem connosco!

Os eleitos do Bloco de Esquerda não tergiversarão na defesa dos interesses públicos, contra a alienação de espaços e património ou a venda da cidade a retalho a favor de negociatas com interesses privados, vamos à luta.

Coragem para mudar é a nossa proposta e, mais do que um apelo, é um imperativo de cidadania.

É tempo de mudar radicalmente de políticas e de protagonistas e o Bloco é a única força em condições para o fazer, não só pelo seu programa e coerência na oposição, mas também pela sua capacidade de abertura ao diálogo descomplexado e à construção das convergências dos vários activismos políticos e cívicos necessários para operar as rupturas que se impõem.

Coragem para mudar com uma esquerda de confiança.

É chegada a hora da mudança, para varrer com a mediocridade e dotar a cidade de um projecto estratégico e identitário amplamente mobilizador, que federe vontades e sinergias, devolva dignidade e prestígio à cidade, devolvendo-a aos cidadãos.

O único voto útil é o voto na alternativa de mudança que só o Bloco de Esquerda protagoniza. Sabem que podem contar connosco.


Serafim Duarte,
Candidato à Presidência da Assembleia Municipal de Coimbra

APOIANTE: MANUEL PORTELA


Não tenho qualquer dúvida de que Catarina Martins é a melhor candidata à Câmara Municipal de Coimbra. A sua intervenção ao longo dos últimos quatro anos revelou uma capacidade de formulação e defesa do interesse público acima de qualquer dos outros intervenientes na política municipal. Este trabalho reflecte-se no seu texto de candidatura de 2009, ‘a qualidade do lugar’, que contém uma proposta integradora da gestão da cidade a partir da promoção da criatividade e da participação cidadã nas decisões políticas. A gestão do município não pode limitar-se a legitimar o poder dos grupos e classes dominantes na privatização do território e dos recursos da comunidade, como tem acontecido com demasiada frequência. A qualidade política do projecto e a qualidade intelectual e ética da pessoa constituem as duas razões principais para o meu apoio.
Manuel Portela

APOIANTE: JOSÉ DIAS

VOU VOTAR BE NAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS, PORQUE:

Avalio positivamente a sua prestação de contas dos últimos quatro anos de participação na vida autárquica de Coimbra;
Acredito que se apresenta como a única força política capaz da Mudança de paradigma político de que tanto necessitamos;
É o partido que mais garantia me dá de adoptar e de aplicar os, para mim, sagrados princípios da Democracia Participativa
Se candidata com um Programa de Esquerda Socialista, que é o meu

Cidadão José Dias – colaborador da Fundação Inatel

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

domingo, 20 de setembro de 2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Apresentação da candidatura à Câmara Municipal

“Coragem para Mudar” é o lema escolhido pela candidatura do BE à Câmara e à Assembleia Municipal de Coimbra.
Queremos responder, com o nosso projecto e a nossa ousadia, à necessidade de mudança que cada vez mais se faz sentir em Coimbra. Respondemos ao desalento de todos aqueles e aquelas que, ao longo de mais de uma década, assistiram à degradação do concelho, à venda da cidade aos promotores imobiliários; àqueles e àquelas que perderam qualidade de vida, oportunidades de emprego, àqueles e àquelas que não compreendem como se delapidou e continua a delapidar o potencial de desenvolvimento de Coimbra. Queremos mudar – mudar cada vez mais. É inevitável reconhecer que o Bloco tem sido, ao longo dos últimos quatro anos, voz e protagonista de mudança nas políticas autárquicas em Coimbra.
Confessava-me um jornalista que os deputados do BE eram considerados “um corpo estranho” pelo Presidente da Assembleia Municipal. Nada nos enche de maior orgulho:
Sim, somos um corpo estranho às práticas anti-democráticas que reinam nos órgãos autárquicos de Coimbra, e que constantemente combatemos.
Sim, somos um corpo estranho, porque não nos barricamos na arrogância de quem, após ter sido eleito, recusa dar voz e poder de decisão aos cidadãos e às cidadãs.
Somos, de facto, um corpo estranho, porque em vez de políticas erráticas, nos apresentamos com uma estratégia global para a cidade, que foi debatida abertamente com todas e com todos.
Somos estranhos, porque não fazemos PDMs às escondidas, vendendo retalhos de Coimbra à socapa. Somos estranhos, porque exigimos e agimos com transparência.
E porque ousamos dizer que a cidade é das pessoas – que a cidade é As pessoas. Que não há governo da cidade sem que as pessoas sejam a prioridade máxima. Sem que o emprego e as políticas sociais ocupem o primeiro lugar, no investimento e na acção directa da autarquia.
Somos estranhos, porque o ambiente e a qualidade de vida estão, também, no topo da nossa agenda. Queremos uma Coimbra onde se viva bem e de modo saudável. Não queremos uma cidade onde a construção canibalize os espaços verdes, e os tubos de escape empestem o ar, em estradas sobre estradas, viadutos sobre viadutos, sobre o Choupal, sobre a casa das pessoas. Queremos uma cidade que dê o destino ambientalmente correcto aos seus resíduos, urbanos e industriais, e que preserve a água como um bem público.
Somos estranhos, porque recusamos e combatemos a degradação das escolas. Mas não nos opomos a que fechem algumas que, por mais remendos que se façam, jamais terão as condições que merecem as nossas crianças, no séc. XXI. Porque defendemos a escola pública, moderna e de qualidade, em igualdade de oportunidades, para todas as crianças e jovens. Porque queremos acabar com o negócio dos privados na educação em Coimbra, apostando fortemente na rede pública.
Somos estranhos, porque em vez de hostilizar a cultura e a criatividade, fazemos delas o centro e o motor do desenvolvimento do concelho. Porque afirmamos que o potencial criativo, na ciência, na tecnologia, na saúde, mas também nas artes, na formação artística, nos saberes em torno do património – o potencial criativo é a chave para uma nova dinâmica que renove e revitalize Coimbra, sem trair a sua identidade.
Somos estranhos, porque somos de confiança. Uma confiança que as pessoas, os eleitores, têm reconhecido de modo crescente. Um reconhecimento que aumenta a nossa responsabilidade. Um reconhecimento a que respondemos com toda a coragem.
Não há mais razão para adiar a mudança. Não resta qualquer benefício de dúvida a dar a quem há tanto tempo nos governa – e tem destruído a cidade. Em breve, será demasiado tarde. É tempo – é tempo há muito tempo – de escolher a alternativa. E a alternativa é o BE.

Coimbra, 20 de Outubro de 2009
Apresentação da candidatura à Câmara Municipal

Apoio de Boaventura Sousa Santos