quarta-feira, 30 de setembro de 2009

PATRIMÓNIO E DESENVOLVIMENTO LOCAL

Hoje, a partir das 17.30 horas, o Bloco de Esquerda promoveu um passeio por Santa Clara, debatendo propostas de requalificação urbanística da margem esquerda, tendo como pontos de referência a zona ribeirinha e o património histórico. De seguida, teve lugar, no auditório do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, um debate subordinado ao tema “Reabilitação do Património e Desenvolvimento Local”, no qual intervieram Alexandre Alves Costa, arquitecto responsável pelo projecto de reabilitação do Mosteiro e candidato à Câmara de Coimbra na lista do Bloco de Esquerda, e Luís Sousa, arquitecto.

O Bloco de Esquerda defende que o desenvolvimento económico de Coimbra, a competitividade da cidade no mercado europeu e a criação de emprego dependerão da rentabilização da sua identidade cultural e da forte concentração de património edificado e imaterial no centro histórico, o qual inclui e deve valorizar a margem esquerda e a encosta que, nessa margem do Mondego, espelha a encosta da universidade. É aqui que a memória e o património da cidade devem encontrar o futuro, com soluções de inovação cultural e empresarial no sector criativo. Deste ponto de vista, o investimento público concentrado no I-Parque, distanciado da malha urbana, sem soluções de acessibilidade, sem qualidade ambiental, e enquanto factor que não distingue Coimbra de muitas outras cidades onde também se construíram parques tecnológicos, corre o risco de ter criado um elefante branco. O factor determinante de atracção da cidade sobre a nova economia de base tecnológica e criativa, e sobre o respectivo capital humano reside, na realidade, na qualidade urbanística, ambiental e de mobilidade da cidade como um todo, bem como na oferta de serviços do âmbito educativo e social, e na dinâmica cultural global.
Nesta perspectiva, a retirada de trânsito automóvel do centro histórico, incluindo a margem esquerda, é fundamental. Referimo-nos, sobretudo, ao trânsito de atravessamento, estando sempre garantido o acesso a habitantes e comerciantes.
Quanto à intervenção sobre o património, esta deve ser decidida com base numa forte dinâmica de participação cidadã sobre os usos e fins a dar a cada edifício, sendo sempre privilegiado o interesse público e da cidade.


Coimbra, 30 de Setembro de 2009
A Candidatura do Bloco de Esquerda à autarquia de Coimbra

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